A iniciativa partiu da Òmnium Culturalm que tem o seu líder Jordi Cuitxart preso há mais de dois anos e condenado a nove anos de prisão pelo crime de sedição. “Se manifestarmo-nos, mobilizarmo-nos e votar é condenável, então somos todos culpados desse suposto delito”, escreve a associação cultural esta segunda-feira na sua conta Twitter, mostrando as filas à porta de alguns tribunais catalães.
Aquestes són les cues que s’estan formant davant dels principals jutjats de Catalunya
Si manifestar-nos, expressar-se, mobilitzar-nos i votar és condemnable, tots nosaltres som culpables d’aquest suposat delicte!#JoMinculpo pic.twitter.com/z7CcM7fxxe
— Òmnium Cultural (@omnium) October 28, 2019
Segundo o vice-presidente da associação, já foram descarregadas dez mil formulários de auto-incriminação desde quinta feira no que já é considerada “a maior campanha de auto-incriminação alguma vez feita na Catalunha”.
A forte afluência aos serviços dos tribunais levou o Tribunal Superior de Justiça da Catalunha a limitar a 25 pedidos diários de auto-incriminação, para assim tentar evitar o colapso dos serviços de atendimento. Alguns tribunais optaram no entanto por criar duas filas para o público em geral, separando os cidadãos que tenham notificações judiciais dos restantes.
Ruas de Barcelona voltaram a encher-se de manifestantes no fim de semana
Duas grandes manifestações de sinal contrário saíram à rua este fim de semana em Barcelona. No sábado, a manifestação unitária contra a sentença e a favor da libertação dos presos políticos e da autodeterminação da Catalunha juntou 350 mil pessoas, segundo números da Guardia Urbana que a organização contestou.
Hi erem, hi som, hi serem. Continuem mobilitzats, compromesos i determinats. Continuem avançant a pas ferm cap a la llibertat i continuarem fins a l’#ObjectiuIndependència pic.twitter.com/tZryEZsbw5
— Assemblea Nacional (@assemblea) October 26, 2019
No dia seguinte, os unionistas regressaram às ruas para exigir a prisão de Puigdemont e a demissão do líder da Generalitat, mas também para aplaudir a repressão policial das últimas semanas na Catalunha. A manifestação contou com a presença dos líderes do PP e do Ciudadanos e com alguns ministros do governo do PSOE. A Guardia Urbana contou 80 mil participantes, um número bem abaixo das manifestações unionistas que se seguiram ao referendo de 2017.
Muchas gracias al cuerpo de Mossos por el trabajo fundamental que está realizando para frenar el movimiento antidemocrático separatista, y por la perfecta sintonía que tienen con la Policía Nacional. Gracias a los dos!! #CataloniaIsSpain pic.twitter.com/YLPdRPUHuj
— Societat Civil Catalana (@Societatcc) October 27, 2019