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Trabalhadores do setor social em greve esta quarta-feira

As trabalhadoras e os trabalhadores do setor social, instituições particulares de solidariedade social (IPSS) e Misericórdias farão greve esta quarta-feira.
Em declarações ao Esquerda.net, Pedro Faria, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde, Solidariedade e Segurança Social (STSSSS), assinalou que, “depois de, na altura da pandemia, terem-se batido muitas palmas a estes trabalhadores e trabalhadoras, a verdade é que continuam a receber salários de miséria”.
Para o STSSSS, “não é compreensível que, até depois do acréscimo de 1 % aos aumentos dos trabalhadores do Estado, isso não se reflita também nos trabalhadores e trabalhadoras do setor social”.
“É altura de estas trabalhadoras essenciais que fazem um trabalho de grande valor, nas Creches, nas Estruturas Residenciais para Idosos, Centros para Pessoas com Deficiência, Apoio domiciliário, Centros de dia e tantas outras respostas sociais, terem melhores condições de trabalho e carreiras dignas. Trabalhadores justamente considerados essenciais merecem reais aumentos salariais”, defendeu Pedro Faria.
O dirigente sindical explicou que, na base desta paralisação está a exigência de reconhecimento e valorização do trabalho dos trabalhadores do setor social e equiparação salarial a trabalhadores de outros setores. “A trabalho igual, salário igual”, realçou Pedro Faria.
“É urgente retirar do Salário Mínimo Nacional os níveis mais baixos da tabela salarial; haver aumento geral dos salários de igual forma para todos os níveis da tabela salarial; acabar com o estrangulamento da tabela salarial; aumentar as diuturnidades e o subsídio de refeição”, continuou o representante do STSSSS.
Pedro Faria referiu ainda que é também exigida a implementação do horário máximo de 35 horas de trabalho semanais para todos os trabalhadores.
Mediante a recusa, por parte da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade – CNIS, em atender às reivindicações dos trabalhadores, o STSSSS apela à adesão à greve e à participação na concentração, às 11h, à porta da sede da CNIS no Porto, sita na Rua da Reboleira (Ribeira).
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