Trabalhadores do setor da distribuição em luta

20 de junho 2024 - 10:11

Começa esta quinta-feira uma jornada de luta dos trabalhadores do setor da distribuição. A iniciativa culmina com uma greve nacional no dia 27 de junho. Lutam pelo contrato coletivo de trabalho, bloqueado há oito anos.

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Trabalhadores em luta. Fotografia: CESP
Trabalhadores em luta. Fotografia: CESP

Esta quinta-feira os trabalhadores do setor da distribuição começam uma semana de luta, convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços (CESP).

Em Lisboa, os trabalhadores estarão em luta junto à loja do Pingo Doce da Guia, em Cascais. Em Vila Nova de Gaia, farão uma caminhada com início às 10h00, na loja SportsDirect.com, em Gaia, e que passará pelo Continente, Mercadona, Lidl, Pingo Doce e El Corte Inglés, terminando no Aldi.

Entre os dias 21 e 26 de junho, decorrem plenários de trabalhadores nos locais de trabalho, em diferentes regiões do país.

No dia 26, quarta-feira, as iniciativas concentram-se em Lisboa. Às 11h00, sairão marchas simultâneas do Continente na Rua Almirante Barroso e do Minipreço do Jardim Constantino, em direção ao Pingo Doce da Avenida Duque de Ávila. Aqui será realizada uma vigília de 24 horas.

A jornada de luta culmina com uma greve nacional dos trabalhadores das empresas de distribuição, no dia 27 de junho, quinta-feira.
 


Luta pelo contrato coletivo de trabalho

Os trabalhadores estão em luta pela negociação do Contrato Coletivo de Trabalho no sector, que abrange 144 mil trabalhadores e está bloqueada há 8 anos.

“Desde 2016, a Associação Patronal recusa todas as nossas propostas, não se demovendo das suas exigências inaceitáveis!” refere o CESP, acrescentando que se recusa a assinar “um Contrato Coletivo que preveja a instituição de contratos de trabalho a 6 meses, do banco de horas, de salários entre 5 e 25 euros acima do salário mínimo nacional”.

“Trabalhamos com horários desumanos, ganhamos salários insuficientes, e vemos as nossas carreiras profissionais cada vez mais desvalorizadas. Enquanto isso, os nossos patrões continuam a enriquecer à custa dos nossos esforços”, refere a estrutura sindical.

“Exigimos uma negociação que respeite e valorize os trabalhadores! Não aceitamos a precariedade, o trabalho gratuito, nem os salários mínimos!” conclui o CESP.