A coordenadora do Bloco de Esquerda esteve esta segunda-feira com os trabalhadores do call-center da Segurança Social, em Castelo Branco, a acompanhar a sua situação laboral, que apelidou de “inaceitável”.
Em causa está um call-center externalizado, operado pela Reditus, onde se verificam continuamente abusos laborais e atraso no pagamento de salários, segundo denúncias dos próprios trabalhadores. Mariana Mortágua falou com os trabalhadores do call-center, ouviu os seus problemas e apresentou as soluções do Bloco de Esquerda, criticando as práticas de subcontratação, apoiadas noutros abusos como um subsídio de refeição de 4,27 euros, com salários em atraso e com pausas de 20 minutos ao longo de oito horas.
“A Segurança Social tem técnicos especializados, a fazer um trabalho único no país, numa situação da maior precariedade, de baixos salários, de más condições de trabalho, isto tudo contratada a uma empresa que não apresenta contas e que foi expulsa da Bolsa”, disse a dirigente bloquista aos órgãos de comunicação social.
Castelo Branco
Trabalhadores de call-center da Segurança Social convocam greve contra abusos laborais
Mariana Mortágua defendeu também que a situação destes trabalhadores demonstra a hipocrisia de um governo “que diz que quer baixar impostos às grandes empresas para que elas possam subir salários”, mas depois “é a Segurança Social que mantém mais de 100 trabalhadores jovens, no interior do país, com um trabalho especializado, a ganhar o salário mínimo nacional” e refém dos abusos laborais.
O grupo parlamentar do Bloco de Esquerda já questionou também o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social sobre as denúncias dos trabalhadores desta call-center, considerando “inaceitável que a Reditus mantenha uma conduta de constante violação dos direitos laborais destes trabalhadores”.