A greve dos trabalhadores dos supermercados e lojas de alimentação das Astúrias, marcada para o período de forte consumo de 23, 24, 30 e 31 deste mês, acabou por ser desconvocada depois de um acordo entre a associação patronal, Asupa, e os sindicatos que a convocaram, UGT, CCOO, USO e FETICO, na sequência de um plenário de trabalhadores do setor.
A partir de janeiro, a semana de trabalho destes 11.000 trabalhadores será reduzida das 40 horas para 38,5 horas e os salários vão aumentar. Este aumento repercute-se de maneira diferente consoante as categorias profissionais. Os trabalhadores dos níveis 6-7-8 ganharão, em 2025, 16.744 euros, ou seja mais mais 900 euros do que atualmente, um aumento percentual de 5,5%. Para além disso, quem trabalhe há mais de dez anos na empresa levará para casa todos os meses mais 240 euros. Acrescem mais 500 euros, a nível de retroativos, a serem pagos este ano.
O nível acima, o 4, que inclui, entre outros encarregados de loja, vai ver o seu salário aumentado para 21.600 euros. Em 2026, haverá aumentos de 2,5% e foram acordados ainda benefícios em termos de saúde e amamentação entre outros.
Antes da convocatória da greve, o patronato propunha apenas aumentos salariais de 2,8% em 2025 e 2,5% no ano seguinte. Por seu lado, os sindicatos tinham como linhas vermelhas a questão da antiguidade, congelada desde 1996, a redução da jornada laboral para as 38,5 horas, e um aumento salarial generalizado de 4%.
O acordo inclui grandes cadeias de supermercados mas exclui as empresas dos hipermercados, como o Día, o Lidl e o Mercadona que têm um contrato coletivo de trabalho diferente.