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Trabalhadores da Renault e população manifestam-se contra encerramento de unidade em França

O governo francês aprovou um empréstimo de 5 mil milhões de euros à Renault, mas a empresa mantém o encerramento da fábrica que labora há 70 anos em Choisy-le-Roi. Sindicatos afirmam que “esse dinheiro deve ser usado para manter os empregos e desenvolvê-los”.
Protesto contra encerramento da fábrica da Renault
Foto de Abacapress | Facebook

De acordo com a Euronews, centenas de trabalhadores, autarcas e habitantes da região onde está localizada a fábrica da Renault, em Choisy-le-Roi, juntaram-se para protestar contra o anúncio de despedimentos e a decisão do governo de emprestar 5 mil milhões de euros à fabricante de automóveis, mesmo com a confirmação do encerramento desta unidade industrial. 

Os sindicatos acusam o governo - o Estado francês tem 15% de participação na empresa - de preferir os acionistas em vez de proteger o emprego e os trabalhadores.

O encerramento da unidade industrial de Choisy-le-Roi surge no âmbito de um plano de reestruturação do grupo Renault-Nissan-Mitsubishi, que vai despedir 15 mil trabalhadores em todo o mundo. Os protestos já se fizeram sentir nas últimas semanas na Catalunha, onde foram anunciados os encerramentos das fábricas da Nissan.

A fábrica da Renault em Choisy-le-Roi será a única a encerrar em França, num universo de 14 unidades industriais. A fábrica foi fundada em 1949 e emprega 260 trabalhadores, que vão ser transferidos para a unidade de Flins, a 60 quilómetros. 

Philippe Martinez, secretário-geral da CGT e funcionário da Renault, acusa o governo de favorecer os acionistas, afirmando que “esse dinheiro deve ser usado para manter os empregos e desenvolvê-los”.

 

O autarca da cidade, Didier Guillaume, apela à história desta unidade industrial com 70 anos por tratar-se de “um património histórico, cultural, social e económico da região de Ile-de-France.”

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