Segundo divulgou o Sindicato dos Jornalistas, esta forma de luta decidida pelo plenário da Lusa surge na sequência de um impasse no processo negocial, que os sindicatos, em conjunto com os trabalhadores, tentaram desbloquear junto das tutelas. "A greve resulta da recusa da administração de subir os salários além dos 35€ por trabalhador", afirma o sindicato.
Com esta recusa, os sindicatos tentaram desbloquear o impasse negocial junto das tutelas, mas o Ministério das Finanças não respondeu e o Ministério da Cultura remeteu a responsabilidade para a administração da agência de notícias, afirmando que o Governo - que detém a maioria do capital da Lusa - não tem disponibilidade para aumentar a indemnização compensatória.
Os trabalhadores da Lusa têm os salários congelados há 12 anos e, por isso, reivindicam um aumento mínimo de 120 euros, o equivalente a 10 euros por cada ano. "O Governo que promove a Agenda do Trabalho Digno é o mesmo que, na prática, considera que os trabalhadores da Lusa não são dignos de terem salários valorizados", acusa o Sindicato dos Jornalistas.
Depois da decisão do plenário de trabalhadores desta quarta-feira, que aprovou a greve de quatro dias por 155 votos a favor e uma abstenção, o Sindicato dos Jornalistas, em conjunto com o SITE CSRA – Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Centro-Sul e Regiões Autónomas e o SITESE – Sindicato dos Trabalhadores do Setor de Serviços, vai entregar o pré-aviso de greve para os dias entre 30 de março e 2 de abril.
