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Trabalhadores da Amazon no Reino Unido preparam novas greves

Perante um aumento salarial que consideram “insultuoso”, práticas laborais autoritárias e jornadas de longas horas de trabalho, os trabalhadores prometem continuar a sua luta e irão anunciar novas paralisações.
Amazon. Foto de FRIEDEMANN VOGEL, EPA/Lusa.

O aumento equivalente a cerca de 0,56 euros por hora não satisfaz os trabalhadores da multinacional. Amanda Gearing, dirigente sindical do GMB, que apoiou os trabalhadores do depósito da Amazon em Coventry nas primeiras greves realizadas no Reino Unido, explicou que o aumento é “insultuoso”. Portanto, em resposta, será anunciada “uma nova onda de ação”.

Darren Westwood, um trabalhador da Amazon citado pelo The Guardian, frisou que “ninguém acredita” que o aumento implementado em Coventry seja “remotamente suficiente para viver”. “Sabemos que valemos mais – é por isso que intensificaremos a ação e apelaremos aos trabalhadores de outros locais da Amazon para se juntarem a nós nas greves”, acrescentou.

A Amazon, por sua vez, refuta as acusações, e afirma “trabalhar arduamente para oferecer grandes benefícios, um ambiente de trabalho positivo e excelentes oportunidades de carreira”.

O trabalhadores de centro de distribuição da Amazon em Coventry foram os primeiros a entrar em greve a 25 de janeiro, somando, este ano, oito dias de paralisação, incluindo cinco dias na semana passada. As reivindicações são claras: salários mais altos e o fim das práticas laborais autoritárias e jornadas de longas horas de trabalho.

A sindicalização dos trabalhadores da Amazon está em crescendo. O sindicato GMB agora tem mais de 500 membros no centro de distribuição de Coventry, acima de algumas dezenas no ano passado.

Trabalhadores de vários outros distribuidores como Sainsbury's, Tesco, Asda e Aldi também têm encetado lutas por melhores condições salariais e laborais.

Amazon despede mais 9.000 trabalhadores

Na segunda-feira passada, o CEO da Amazon, Andy Jassy, anunciou em comunicado interno que a multinacional vai proceder ao despedimento de mais 9.000 pessoas.

Nos últimos quatro quatro meses, são já 19 mil os trabalhadores afetados pela redução da estrutura de pessoal na tecnológica norte-americana.

A gigante americana alega que o plano de reestruturação visa uma maior eficiência, e que os processos de despedimento tiveram em consideração a “incerteza que existe num futuro próximo”.

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