As trabalhadoras da Metalorigor, uma empresa de Évora que fornece a multinacional TE Connectivity, concentraram-se esta quarta-feira em frente à Autoridade para as Condições de Trabalho pedindo para esta instituição intervir já que estão em casa sem qualquer salário desde setembro.
Vinte trabalhadoras tinham sido informadas pela empresa que, por causa da deslocalização da linha de produção da TE Connectivy, teriam de ficar em casa nesse mês.
Tiago Aldeias, coordenador da União de Sindicatos do Distrito de Évora, disse à Lusa que “a TE Connectivity deixou de enviar este trabalho para a Metalorigor, mas desconhecemos as razões”. As trabalhadoras terão defendido junto da ACT “o seu posto de trabalho e o pagamento dos salários”. Ao passo que esta entidade respondeu que “está a decorrer um processo para averiguação da situação e para tentar perceber o que se passa”. Na próxima quarta-feira haverá nova reunião.
A agência noticiosa ouviu ainda Sandra Caraça, trabalhadora da empresa há 22 anos, que disse que estas exigem “uma resposta mais definitiva da entidade patronal”, acrescentando: “temos estado numa indecisão sobre o que vai ser o nosso futuro e estamos a tentar ter uma resposta mais concreta, porque a entidade patronal não diz se nos pode pagar ou não e por isso vamos continuar a lutar”.
Depois de terem estado na ACT, as trabalhadoras foram à Metalorigor em busca de soluções. Daí apenas trouxeram “um documento a informar que não existe trabalho” e que teriam de “continuar em casa até que haja algum desenvolvimento”, explica o dirigente sindical. Já no dia anterior, o diretor da empresa “não conseguiu apontar um caminho, uma perspetiva de soluções”, esclarece Tiago Aldeias.
O sindicato “vai voltar a insistir” em reunir com TE Connectivity, uma fábrica que produz conectores e sensores e emprega 2.000 trabalhadores.