Habitação

“Ter uma casa para morar não é um privilégio, é um direito”, diz Mariana num encontro com jovens

12 de abril 2025 - 18:14

A coordenadora do Bloco voltou este sábado a considerar que a habitação é “a maior crise social” que o país enfrenta e que são necessárias medidas para a travar já e não daqui a vários anos.

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Encontro de Mariana Mortágua com jovens em Lisboa
Encontro de Mariana Mortágua com jovens em Lisboa. Foto Esquerda.net

Mariana Mortágua encontrou-se este sábado com jovens na Casa do Brasil, em Lisboa, para um debate intitulado “Rendas Milionárias, jovens à porta”.  E disse estar na presença de “uma geração que vai entrar no mercado de trabalho e sabe que não vai conseguir pagar uma renda, independentemente do imposto que pagar sobre o salário”.

Olhando para os programas eleitorais que já são públicos, “da Iniciativa Liberal ao Partido Socialista, com diferentes configurações, as respostas são essencialmente as mesmas, é construir mais”, apontou. Mas essas medidas que podem passar pela construção pública, como sei viu no caso das residências universitárias que já não servirão a quem hoje está a estudar, debatem-se com um problema: “Nós não paramos a vida” à espera que as casas se construam, lembrou. E além disso, a construção que está a concretizar-se é a de “hotéis e condomínios de luxo”.

Mariana Mortágua insistiu que o Bloco é o único a apresentar nesta eleição uma medida que funciona e pode ter efeitos no imediato, o teto ao preço das rendas. Face às críticas de Pedro Nuno Santos no debate televisivo acerca da sua aplicabilidade, responde que “se os tetos às rendas não funcionassem, por que é que o Partido Socialista da Alemanha está a querer prolongar o programa?” no novo governo de coligação cujo acordo foi conhecido na sexta-feira.

A coordenadora do Bloco diz que a habitação é “a maior crise social” que o país enfrenta e chegou a um ponto em que já ouviu muitas vezes dizer-se que ter uma casa é um privilégio. Para Mariana Mortágua, “privilégio é poder cobrar uma renda muito acima do salário do inquilino ou manter casas vazias quando tanta gente não tem casa para morar, ou um fundo imobiliário especular com as casas”.

Pelo contrário, “ter uma casa para morar é um direito constitucional”, concluiu.
 

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