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Sinn Féin confirma eleições antecipadas na Irlanda do Norte

O Sinn Féin confirmou que não irá reconduzir ninguém para o lugar de vice-primeiro-ministro no governo do DUP, obrigando à convocação de eleições.
Martin McGuiness em marcha anti-austeridade na Irlanda do Norte, por Andy Rain - EPA/Lusa
Martin McGuiness em marcha anti-austeridade na Irlanda do Norte, por Andy Rain - EPA/Lusa

O vice-primeiro-ministro da Irlanda do Norte, Martin McGuinness, demitiu-se na passada segunda-feira depois da revelação de que a atual primeira-ministra, Arlene Foster, teria implementado um programa de incentivos energia verde fraudulento

O Sinn Féin tem apoiado sucessivos governos liderados pelo Partido Democrático do Ulster (DUP), e apesar da demissão de McGuinness, havia a possibilidade formal de o Sinn Féin nomear outro nome para o lugar, mantedo a base de apoio necessária para a continuação do governo. 

Agora, o Sinn Féin confirmou publicamente que não irá renomear ninguém para o lugar de vice-primeiro ministro, o que obriga à demissão do governo e convocação de eleições. 

Segundo o comunicado público, “Ao longo de dez anos, Martin McGuinness trabalhou para garantir que as instituições no Norte trabalhavam para todas as pessoas. Durante esse período ele lidou com ameaças e desrespeito. Mas manteve a perseverança enquanto trabalhou com três líderes sucessivos do DUP, porque era a coisa certa a fazer.” 

E acrescenta que "as ações do Governo Britânico durante este período violaram os acordos e impuseram políticas conservadoras, austeridade e o Brexit, contra a vontade do povo degradando o processo político." Deixa de seguida duras críticas ao DUP: “O governo Irlandês resignou-se ao papel de observador e posicionou-se como uma espécie de árbitro imparcial. Isto foi um erro fundamental."

“O escândalo do Renewable Heat Incentive tem o custo potencial para o público de 500 milhões de libras nos próximos 20 anos - dinheiro que podia ser investido nos serviços públicos.”

“O Sinn Féin é muito claro: não toleraremos incompetência, práticas danosas ou alegações de corrupção no governo. (...) [Por isso] Neste momento, não há qualquer plataforma para negociações credível para reconstituir as instituições e devemos por isso avançar para eleições.

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