Nesta quarta-feira, o parlamento russo autorizou o presidente Vladimir Putin a recorrer à força militar no estrangeiro, respondendo a um pedido do presidente sírio, Bashar al-Assad. Poucas horas depois, a aviação russa bombardeou alvos perto de Homs.
O porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov, declarou: "A utilização das Forças Armadas no território de um país terceiro só é possível com base numa resolução da ONU ou a pedido do Governo legítimo desse país. Neste caso, a Rússia será de facto o único país que vai atuar com uma base legítima: o pedido do presidente da Síria".
No passado domingo, a França anunciou ter bombardeado campos de treino do Estado Islâmico (EI) na Síria. O ministro francês da Defesa, Jean-Yves Le Drian, disse então: "Atingimos uma base militar num local extremamente sensível para o Estado Islâmico". A França justifica a ação em nome da "legítima defesa" contra a ameaça terrorista do EI.
Donald Trump apoia ações russas contra o EI
Donald Trump, o milionário candidato republicano à presidência dos EUA, declarou nesta terça-feira: “Estou ao lado do grupo que diz que, se a Rússia quer ir lutar contra o Estado Islâmico, deveríamos deixá-los ir, ao invés de dizer ‘estamos com ciúme, não queremos que vocês façam isso’”.
Em entrevista à CNN, Donald Trump declarou: "A Rússia está lá, ela está do lado de Assad, e a Rússia quer se livrar do EI não menos do que nós queremos e talvez ainda mais, porque eles não querem que o EI vá para a Rússia. Por que devemos atacar o EI e depois Assad? Deixem-nos [Assad e o EI] combater-se uns aos outros, e ficamos com o que resta. Mas o que é mais importante é deixar a Rússia combater o EI, se ela quiser lutar contra eles. Deixem-nos [os russos] combater na Síria e no Iraque".
Obama defende a saída de Bashar al-Assad, tendo declarado: "Na Síria, vencer o Estado Islâmico exige um novo dirigente".
Arábia Saudita apoia grupos rebeldes, sem dizer quais
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Arábia Saudita, Adel Al-Jubeir, declarou, entretanto, que “não há futuro para Assad na Síria”. O ministro saudita diz que há duas opções para acordo na Síria, um processo político com a saída voluntária de Assad e uma opção militar com a deposição de Assad. O ministro saudita diz que apoia grupos inimigos do regime de Assad, em conjunto com outros países, sem clarificar que grupos apoia e nunca negando apoio ao Estado Islâmico ou à frente Al-Nusra (al-Qaeda)