Extrema-direita

Rita Matias defende neonazis que atacaram manifestantes no Rossio

27 de abril 2025 - 12:16

Deputada do Chega defende grupos de extrema-direita que se juntaram na Baixa de Lisboa durante o 25 de abril apesar de parecer negativo da Polícia de Segurança Pública. Militantes neonazis atacaram manifestantes.

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Rita Matias
Rita Matias. Still via Sic Notícias.

A deputada do Chega e cabeça de lista pelo partido ao círculo eleitoral de Setúbal defendeu na passada sexta-feira o grupo neonazi de extrema-direita que aproveitou a manifestação do 25 de abril para atacar manifestantes na zona do Rossio, em Lisboa.

Falando na Sic Notícias, Rita Matias diz “não perceber” porque é que a manifestação da extrema-direita, marcada para o dia 25 de abril no Martim Moniz – numa ação deliberadamente provocatória – foi desautorizada pela Polícia de Segurança Pública.

Apesar de terem sido detidos militantes neonazis que estavam presentes no local e de ser claro através das imagens captadas pelos órgãos de comunicação social que a violência foi espoletada por esses mesmos militantes, a deputada do Chega justifica que a violência “foi motivada pela hostilidade com que estes membros foram recebidos”.

“Parece-me que a atuação [da polícia] é excessiva”, disse, sendo relembrada pelo moderador do painel que houve uma ordem da Polícia de Segurança Pública que foi desrespeitada. A ação provocatória foi convocada pelo partido Ergue-te, pelo Grupo 1143, liderado pelo neonazi Mário Machado e pelo grupo de extrema Habeas Corpus. 

A Polícia de Segurança Pública deu parecer negativo à concentração de extrema-direita por acontecer numa zona próxima das celebrações do 25 de abril. "Tendo em conta a marcação de manifestações/concentrações para a mesma hora e área geográfica, algumas com objetivos, desígnios e posicionamentos ideológicos distintos e antagónicos, a PSP, depois do desenvolvimento da habitual avaliação do risco, onde foram analisadas todas as dinâmicas e contextos que possam perturbar a ordem pública, decidiu pronunciar-se, junto da Autoridade Administrativa competente (Câmara Municipal de Lisboa), emitindo parecer negativo para as iniciativas comunicadas para a Praça do Martim Moniz, em Lisboa", disseram as autoridades.

Por não terem respeitado as ordens da PSP no local, tanto Mário Machado como o ex-juiz e líder do Ergue-te, Rui Fonseca e Castro, foram detidos no dia 25 de abril. Para além disso, o grupo neonazi atacou os manifestantes que se juntavam no Rossio e que contestavam a presença da extrema-direita, tendo sido depois dispersados pela polícia.