Foi conhecida a intenção da TAP de renovar a sua frota automóvel, através da aquisição de cerca de 50 automóveis BMW, com valores de mercado entre os 52 e 65 mil euros. Face à indignação geral, ontem a empresa anunciou a decisão de protelar esta compra.
Mariana Mortágua participou esta sexta-feira no Fórum TSF comentando esta decisão, que considerou tratar-se de “um recuo de bom senso” uma vez que seria “insultuoso” adquirir uma frota automóvel com estas características num momento destes.
“A TAP, como todas as empresas tem uma gestão a fazer” e este investimento era “difícil de compreender agora”, referiu a deputada.
“O que me parece mais gravoso é o que o Governo se prepara para fazer com a TAP”, referiu a bloquista, acrescentando que “a TAP nunca recebeu um cêntimo de dinheiro do Estado, ao contrário de empresas de outros países que foram sendo capitalizadas quando necessário. Quando chegou a crise e pandemia, os problemas transformaram-se numa coisa gigantesca.”
“Acompanho a avaliação de que a TAP é estratégica para o pais” referiu Mariana Mortágua, lembrando que estamos a assistir às consequências de privatizar empresas estratégicas como a REN, a GALP ou os CTT.
“O que não se compreende” é que depois de recuperar a empresa esta seja entrega a um operador privado porque “se era estratégica para ser salva, não se percebe que seja vendida agora” concluiu a deputada.