Segundo o comunicado do Chega/Açores citado pela agência Lusa, o encontro com o Governo Regional partiu de um pedido do partido da extrema-direita “para obter esclarecimentos adicionais" sobre a proposta de Orçamento que a Assembleia Legislativa Regional discutirá em breve.
O Chega/Açores diz que foram “esmiuçados” assuntos “que podem servir de entendimento” com o executivo da coligação PSD/CDS-PP/PPM. E adianta que estiveram presentes os cinco deputados da bancada da extrema-direita no Parlamento dos Açores.
Na legislatura anterior, após ter assinado um acordo e viabilizado o Orçamento do executivo de Bolieiro, o Chega/Açores viu sair um dos seus dois deputados e o outro rompeu o acordo, provocando o chumbo do Orçamento com a sua abstenção, o que levou a novas eleições. Agora, o partido lembra que uma das razões para essa abstenção foi a "falta de diálogo e de acompanhamento frequente”.
Já depois das eleições deste ano, o Chega absteve-se, à semelhança da IL e do PAN, na votação do programa do Governo, enquanto o PS e o Bloco votaram contra.
"Promessas de Bolieiro de que governaria sozinho duraram menos do que uma alface"
Para o deputado e coordenador do Bloco/Açores, "as negociações do Governo Regional do PSD/CDS/PPM com o Chega revelam que existe uma coligação informal e envergonhada do governo com o Chega". Após o encontro de Bolieiro com os deputados açorianos do Chega, António Lima afirma ao Esquerda.net que "as promessas de Bolieiro de que governaria sozinho duraram menos do que uma alface". E que desta forma "fica ainda mais claro o que vale o "não é não" do PSD".