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Professores: “Primeiro-ministro tem de intervir para que orçamento seja cumprido”
Em declarações à comunicação social, a coordenadora do Bloco de Esquerda considerou grave que o Governo considere que “os conselhos de turma são meros órgãos administrativos, que podem reunir apenas com um terço”. “Isso parece-me a desvalorização das próprias obrigações pedagógicas da escola. Não é só um ataque aos professores, é um ataque a toda a comunidade escolar, e desde logo aos alunos e às alunas. É muito preocupante”, salientou Catarina Martins em Amarante, onde visitou o Mimo Festival.
A coordenadora do Bloco sublinhou que o Governo tem um problema, porque o orçamento do Estado aprovado dizia que “as carreiras iam ser descongeladas, para todas as profissões incluindo para os professores e contando o tempo de serviço” e que depois seriam negociados os prazos, por causa do impacto orçamental. “O governo parece não querer aplicar o orçamento do Estado e não quer contar esse tempo de serviço”, destacou.
Catarina Martins apontou também que a situação era para todas as carreiras da função pública e lembrou que “se a greve nas escolas está a continuar é com enorme esforço dos professores”, considerando que é tempo de o Governo acabar com o braço de ferro com os docentes.
“O governo tem de cumprir a lei, tem de cumprir o que está no orçamento do Estado”, reafirmou a coordenadora bloquista, questionando: “se não o fizer que confiança é que teremos em qualquer orçamento do Estado já aprovado?”
“Isto não é só uma questão de professores, é uma questão de confiança democrática que é muito necessária. O governo está a fazer braço de ferro que não tem sentido. Os professores não pedem nenhum retroativo, estão absolutamente disponíveis a que o descongelamento da carreira tenha efeitos para lá de uma legislatura, não querem tudo de uma vez. A única coisa que dizem é que não é o mesmo trabalhar dois anos ou nove”, realçou Catarina Martins.
A concluir, a coordenadora do Bloco afirmou: "o senhor primeiro-ministro tem de intervir diretamente para que o Orçamento do Estado seja cumprido e que se encontre uma solução negociada". E sublinhou: "Há um problema que tem de ser resolvido e seria estranho que o primeiro-ministro não compreendesse esta situação e não percebesse que tem de agir".
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