Num comunicado divulgado esta quarta-feira nas suas redes sociais, o presidente colombiano Gustavo Petro apelou a um escrutínio transparente das eleições que aconteceram na Venezuela no passado fim de semana e nas quais Maduro foi oficialmente declarado vencedor mas a oposição não reconhece o resultado.
O chefe de Estado de esquerda daquele país da América Latina indica que as “graves dúvidas que se estabelecem à volta do processo eleitoral venezuelano podem levar o seu povo a uma profunda polarização violenta”.
Posto isto, Petro convida o Governo da Venezuela “a permitir que as eleições terminem em paz, autorizando um escrutínio transparente com a contagem de votos, atas e supervisão por todas as forças políticas do seu país e supervisão internacional profissional”.
E pede, ao mesmo tempo, ao governo dos EUA “que suspenda os bloqueios e as decisões contra os cidadãos venezuelanos” porque “o bloqueio é uma medida anti-humana que só traz mais fome e mais violência do que já existe e promove o êxodo em massa de pessoas”. Isto enquanto acusa “os desígnios de potências obscuras que gravitam à volta da ganância e não pensam na vida da humanidade” de poder tornar as Caraíbas “um foco de violência e instabilidade”.
Las graves dudas que se establecen alrededor del proceso electoral venezolano pueden llevar a su pueblo a una profunda polarización violenta con graves consecuencias de división permanente de una nación que ha sabido unirse muchas veces en su historia.
Invito al gobierno…— Gustavo Petro (@petrogustavo) July 31, 2024
Trazendo à baila, a história da Colômbia de “polarização violenta construída pelo sectarismo político”, com “75 anos de violência quase permanente” e “mais de 700 mil mortes desde então”, afirma que “isto não pode acontecer no nosso país irmão”.
Para ele, “a América Latina deve ser uma região de Democracia, Liberdade e Paz” e “o Presidente Maduro tem hoje uma grande responsabilidade de recordar o espírito de Chávez e permitir que o povo venezuelano regresse à tranquilidade”.
O resultado “seja ele qual for” deve ser transparente e aceite “e garantir a paz e a democracia”, conclui.