Presidente colombiano apela a escrutínio transparente na Venezuela

31 de julho 2024 - 16:58

Gustavo Petro convida o Governo da Venezuela “a permitir que as eleições terminem em paz, autorizando um escrutínio transparente com a contagem de votos, atas e supervisão por todas as forças políticas do seu país e supervisão internacional profissional” e pede também aos EUA que suspenda os bloqueios.

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Gustavo Petro
Gustavo Petro. Foto de Eneas De Troya/Flickr.

Num comunicado divulgado esta quarta-feira nas suas redes sociais, o presidente colombiano Gustavo Petro apelou a um escrutínio transparente das eleições que aconteceram na Venezuela no passado fim de semana e nas quais Maduro foi oficialmente declarado vencedor mas a oposição não reconhece o resultado.

O chefe de Estado de esquerda daquele país da América Latina indica que as “graves dúvidas que se estabelecem à volta do processo eleitoral venezuelano podem levar o seu povo a uma profunda polarização violenta”.

Posto isto, Petro convida o Governo da Venezuela “a permitir que as eleições terminem em paz, autorizando um escrutínio transparente com a contagem de votos, atas e supervisão por todas as forças políticas do seu país e supervisão internacional profissional”.

E pede, ao mesmo tempo, ao governo dos EUA “que suspenda os bloqueios e as decisões contra os cidadãos venezuelanos” porque “o bloqueio é uma medida anti-humana que só traz mais fome e mais violência do que já existe e promove o êxodo em massa de pessoas”. Isto enquanto acusa “os desígnios de potências obscuras que gravitam à volta da ganância e não pensam na vida da humanidade” de poder tornar as Caraíbas “um foco de violência e instabilidade”.

Trazendo à baila, a história da Colômbia de “polarização violenta construída pelo sectarismo político”, com “75 anos de violência quase permanente” e “mais de 700 mil mortes desde então”, afirma que “isto não pode acontecer no nosso país irmão”.

Para ele, “a América Latina deve ser uma região de Democracia, Liberdade e Paz” e “o Presidente Maduro tem hoje uma grande responsabilidade de recordar o espírito de Chávez e permitir que o povo venezuelano regresse à tranquilidade”.

O resultado “seja ele qual for” deve ser transparente e aceite “e garantir a paz e a democracia”, conclui.