Está aqui

Prémio José Saramago 2022 para Rafael Gallo

O escritor brasileiro Rafael Gallo foi galardoado com o prémio literário José Saramago 2022 pela sua obra “Dor fantasma”. Além do prémio de 40 mil euros, o seu livro terá distribuição em todos os países lusófonos.
Rafael Gallo. Fotografia: Wilian Olivato

"Para mim, foi inacreditável” afirmou Rafael Gallo em declarações à comunicação social após a cerimónia de entrega do prémio literário José Saramago 2022, que decorreu no dia 14 de novembro, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa. “Quando me disseram que tinha vencido, caí assim de joelhos e comecei a chorar. Foi tanta emoção. Foi um sonho realizado” afirmou. 

Promovido pela Fundação Círculo de Leitores, com o apoio da Fundação José Saramago, da Porto Editora e da Globo Livros, o Prémio José Saramago 2022 contemplou nesta edição obras de ficção inéditas de autores até aos 40 anos, atribuindo um prémio pecuniário de 40 mil euros. Assegura também a publicação da obra vencedora em Portugal (através do Grupo Porto Editora), no Brasil (com a Globo Livros) bem como a distribuição em todos os países da lusofonia.

Bruno Vieira Amaral, membro do júri e vencedor deste prémio em 2005, considera que Dor fantasma, a obra vencedora, “é mão cirúrgica, aplicando incisões seguras e sábias, é mão de pintor, na pincelada criativa e intencional, é mão de maestro segurando a batuta e guiando a orquestra num crescendo de som e fúria que culmina no magistral desenlace do romance”.

Esta edição teve como jurados os escritores e anteriores premiados José Luís Peixoto, Gonçalo M. Tavares, João Tordo e Bruno Vieira Amaral, Pilar del Rio (presidente da Fundação José Saramago), Guilhermina Gomes (em representação da Fundação Círculo de Leitores e Presidente do Júri) e Nélida Piñon (escritora e membro honorário).

Rafael Gallo e o Prémio José Saramago

Rafael Gallo nasceu em São Paulo, no Brasil, em 1981.  É autor de Réveillon e outros dias (Record, 2012), livro vencedor do Prêmio Sesc de Literatura, e de Rebentar (Record, 2015), romance vencedor do Prêmio São Paulo de Literatura. Tem ainda textos incluídos em diversas revistas e coletâneas, com publicações noutros países, como Estados Unidos, Cuba, Moçambique, França e Equador.

Instituído em 1999, o prémio literário José Saramago é atribuído bianualmente. A edição de 2021 foi adiada para este ano devido à pandemia. 

Desde a sua fundação foram galardoados com este Prémio dez escritores e duas escritoras. O primeiro vencedor, em 1999, foi o português Paulo José Miranda com Natureza Morta, seguido de José Luís Peixoto, em 2001, com Nenhum Olhar

Em 2003, foi galardoada a primeira mulher, a brasileira Adriana Lisboa com “Sinfonia em Branco. Em 2005 Jerusalém de Gonçalo M. Tavares foi o vencedor, em 2007 o prémio foi para O Remorso de Baltazar Serapião de Valter Hugo Mãe e em 2009 para As Três Vidas, de João Tordo.

Em 2011, foi agraciada a escritora brasileira Andréa del Fuego com Os Malaquias seguindo-se em 2013 o angolano Ondjaki com Os Transparentes. 

As Primeiras Coisas, de Bruno Vieira Amaral, venceu em 2015, A Resistência do brasileiro Julián Fuks foi o vencedor em 2017 e em 2019 o prémio foi atribuído a Afonso Reis Cabral com Pão de Açúcar

Termos relacionados Cultura
(...)