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País em situação de alerta entre domingo e terça-feira para risco de incêndio

A onda de calor prevista para os próximos dias levou o Governo a voltar a decretar a situação de alerta no território continental.
Bombeiros e populares combatem um incêndio na freguesia de Rapa, Celorico da Beira, Guarda, 13 de agosto de 2022. Foto Nuno André Ferreira/Lusa

“Tomámos a decisão de determinar a situação de alerta para os dias 21, 22 e 23 – domingo, segunda e terça-feira, com reavaliação na segunda-feira ao fim do dia, tendo em vista reavaliar a necessidade de manter ou alterar a situação de alerta. Toda esta circunstância se aplica ao território continental”, afirmou o ministro da Administração Interna no final de uma reunião na Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.

A partir de domingo estão previstas temperaturas acima dos 40°C em alguns distritos e ventos que podem variar entre 50 a 60 kms/h. As restrições a anunciar pelo Governo passam pelo reforço de meios para combater o incendiarismo, que terá duplicado entre julho e agosto, passando a ser responsável por um quarto dos incêndios ocorridos este mês. Para esse efeito, José Luís Carneiro anunciou um “reforço do patrulhamento dissuasor por parte de 25 patrulhas das Forças Armadas”, que se irão juntar aos militares da GNR no terreno. O acesso aos espaços florestais será limitado, tal como a utilização de máquinas, trabalhos agrícolas e a proibição do uso do fogo.

Para reforçar os meios humanos de combate aos incêndios, o Governo anunciou ter autorizado a contratação de mais 500 bombeiros, além da antecipação do pagamento da Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil às corporações de bombeiros integrados no dispositivo especial de combate aos fogos rurais, numa verba estimada de mais de um milhão de euros.

Na reunião de quarta-feira com os ministros da Administração Interna e da Agricultura e o Presidente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, o Instituto Português do Mar e Atmosfera (IPMA) previu a "provável ocorrência de uma onda de calor no interior Norte e Centro, a partir de dia 20", que aumentará o perigo de incêndio rural. O risco de incêndio será "muito elevado a máximo durante a próxima semana em grande parte do território do Continente", adiantou o IPMA, prevendo também que para setembro "existe uma probabilidade de 50 a 60% de este ser mais quente que o normal e uma probabilidade de 40 a 50% de ser mais seco que o normal".

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