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"O Governo mentiu nas contas”

"Não acredito num Governo que nos disse que tudo estava bem e que depois apresenta um enorme buraco orçamental, um desvio colossal nas contas públicas" criticou neste sábado Francisco Louçã, que alertou: "Só saindo deste colete de forças na Europa e em Portugal, recusando uma austeridade que persegue as pessoas, é que será possível que o país tenha uma economia que possa responder às dificuldades".
"Só saindo deste colete de forças na Europa e em Portugal, recusando uma austeridade que persegue as pessoas, é que será possível que o país tenha uma economia que possa responder às dificuldades", frisou Francisco Louçã neste sábado

Em declarações à comunicação social, pouco antes do lançamento da revista “Vírus”, Francisco Louçã considerou que os últimos dados do INE demonstram que o país tem vivido “uma enorme mentira”.

Segundo a agência Lusa, o coordenador da comissão política do Bloco apontou: "É a mentira que os bancos estavam capitalizados, que não havia nenhum problema no sistema financeiro e são seis mil milhões de euros do dinheiro dos contribuintes para reforçar o capital dos bancos; e é a mentira das avaliações da troika (Banco Central Europeu, Fundo Monetário Internacional e Comissão Europeia), que estava tudo bem e afinal há uma enorme derrapagem orçamental".

Francisco Louçã explicou que os resultados da última estimativa do INE são os esperados, "porque se são retirados dois mil milhões de euros aos salários e às pensões e mais 700 milhões na diminuição das remunerações no setor privado, isto quer dizer a procura está a cair, que a economia está a perder e que o desemprego está a aumentar".

E sublinhou: "Isto significa que o país está perante uma situação de impasse, de incapacidade de resposta e de colapso das contas públicas, porque não há nenhuma economia que possa responder consistentemente à vida das pessoas caso se mantenha uma crise desta dimensão".

Para o coordenador do Bloco de Esquerda, os indicadores do INE revelam que "o Governo mentiu nas contas, enganou nas soluções e a 'troika' arrastou para um caminho de dificuldades" e que "só saindo deste colete de forças na Europa e em Portugal, recusando uma austeridade que persegue as pessoas, é que será possível que o país tenha uma economia que possa responder às dificuldades".

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