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Bloco denuncia hecatombe fiscal
O Bloco de Esquerda considerou esta sexta-feira que os dados do INE sobre a execução orçamental do primeiro trimestre mostram o “descalabro das contas públicas” que têm uma causa evidente: “A recessão que decorre da austeridade está a levar as contas públicas para um desequilíbrio brutal”, disse o deputado Pedro Filipe Soares.
“E por isso é necessário romper com estas medidas que decorrem do memorando de entendimento e da própria vontade do governo. É necessário romper com a austeridade”, acrescentou.
Para o deputado eleito por Aveiro, “são as medidas, são as políticas que lá estão encerradas que estão a dar este resultado”, referiu, considerando que é preciso rever as metas do défice, mas que também tem de se “romper com as medidas”.
“7,9% em 2012 é pior do que estávamos em 2011”, apontou o bloquista, observando que “este governo prometia rigor e está a ter um enorme buraco na execução orçamental.”
Se isso não for feito, afirmou, haverá apenas “mais tempo de austeridade” para se conseguir “o mesmo fim”, ou seja, “o descalabro nas contas públicas, cada vez menos receita, cada vez mais desemprego, cada vez menos economia”.
O défice orçamental no primeiro trimestre agravou-se para 7,9 por cento do PIB, ficando acima da meta de 4,5 por cento prevista para o final do ano e acima dos 7,5 por cento verificados em igual período de 2011.
CGTP culpa austeridade pelo agravamento do défice
Para o secretário-geral da CGTP, as estimativas que apontam para um agravamento do défice no primeiro trimestre de 2012 confirmam o erro da austeridade do governo.
"Estes dados confirmam as políticas erradas que o governo está a desenvolver, porque já era previsível que a austeridade e os sacrifícios só poderiam levar a estes número. Além da derrapagem do défice, é preciso também salientar que a dívida de Portugal está a aumentar", disse Arménio Carlos, apontando que a dívida do país deverá situar-se nos 114 por cento do Produto Interno Bruto e, em 2013, "poderá atingir os 118 por cento do PIB".
"O povo português está a ser sujeito a sacrifícios e a uma política de grande austeridade, sendo caso para perguntar a quem é que isto serve? Esta política não está a beneficiar o país nem o povo, porque aumenta o desemprego e diminui o rendimento das famílias", disse, observando que os únicos beneficiados são o setor financeiro.
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