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"O Bloco aplaude a resistência do povo ucraniano"

Decorreu esta quinta-feira na Assembleia da República a sessão solene de boas-vindas ao presidente da Ucrânia, que se dirigiu ao plenário através de um vídeo. Depois deste ato, Catarina Martins falou aos jornalistas sobre a posição do Bloco relativamente à invasão russa da Ucrânia, afirmando tratar-se de "um ato ilegal que não encontra justificação nem atenuantes".
A porta-voz bloquista salientou que "o Bloco de Esquerda aplaude a resistência do povo ucraniano e demonstra a sua solidariedade para com a Ucrânia e a sua absoluta certeza de que a Ucrânia tem de ter direito a ser respeitada na sua integridade". Reiterou assim a posição do partido de que "é preciso apoiar a resistência ucraniana e o povo ucraniano tem o direito a resistir à invasão".
A coordenadora do Bloco explicou que esse apoio é "feito por via das sanções ao regime de Putin para que ele não tenha dinheiro para fazer guerra à Ucrânia" e também através do "apoio no acolhimento a todo aqueles e aquelas que saem da Ucrânia e precisam de refúgio". Há ainda outro apoio "fundamental": "que haja uma intervenção diplomática internacional para um caminho para a paz que tem de passar por negociações sob a égide da ONU que exijam a retirada imediata das tropas russas do território ucraniano". Catarina Martins notou que Zelensky "já propôs em tempos" esta ideia, "mostrando também a sua abertura para um estatuto de neutralidade da Ucrânia".
A dirigente do partido concluiu afirmando que "nenhum país deve desistir de através da diplomacia criar o caminho para a paz" e que "nesse caminho será preciso também posições fortes contra o regime de Putin e sanções e posições claras de afirmar o direito do povo ucraniano a resistir a uma invasão".
Comentários
Esta insistência na resistência... é sangrenta
Pois, só que a resistência é bélica e tem sido feita de batalhas e não negociações. Portanto, aqui resistência é combate, não tem nada que ver com paz. Essa ideia é perniciosa e perigosa. Precisamos de paz e não de guerra. A guerra faz-se com resistência e a paz com flores. O bloco, e eu votei no bloco, anda pouco vermelho da parte da esquerda, e bastante vermelho da cor do sangue derramado pelos naturais do planeta, sejam eles de Kiev, Moscovo ou Donbas. Nós queremos Paz!
Seria importante reparar na astúcia zelenskiana e putinesca, porque ambos estão a obrigar homens em idade activa a combater, portanto a matar e a morrer, e seria interessante reparar no modo como os voladymirios deste mundo nos subalternizam a todos de enfiada, seja em nome da cccp, da nato, da netflix, do que for. O direito a resistir, ok. E o direito a desistir e a desertar? O direito à vida? O direito a viver e a não ser obrigado a lutar? Quer dizer, pergunto, render é morrer? Não render é viver? É justo? É de esquerda dizer que a Ucrânia tem todo o direito de resistir (incluindo pedir armas a tudo e todos, e etc)? Não sei... ajudem-me a perceber a vossa posição. A neutralidade proposta por Zelenski é uma contra-proposta. Se a neutralidade nunca tivesse sido posta em causa, provavelmente os militares russos nunca teriam tido ordens para invadir fosse o que fosse. Fora o facto de ninguém falar nos anos e anos de invasões ucranianas em solo ucraniano e das mil e umas atrocidades cometidas pelo exército ucraniano em nome do nacionalismo ucraniano e em prol da extinção de toda uma cultura ex soviética de nacionalidade ucraniana que no fundo, creio, queria poder falar a sua língua e pouco mais.
Se não agirem de modo stalinista e ou putinista provavelmente irão manter este comentário online sem problemas. Temo que isso possa não suceder. Reparem, isto não é um ataque, é uma mera observação: acabei de votar em vocês na esperança que fossem progressistas, pacíficos, de esquerda, e com tudo o que isso implica, dei-me conta que vocês são um tanto quanto teóricos, falam da paz como se a coisa se resolvesse com sanções, enfim, parece que alinham numa certa guerra contra a governação russa e de certo modo dá ideia que ingenuamente caem na esparrela do governo ucraniano, e desse modo também, do americano e claro está, em suma, do próprio governo russo. É aí que acho que acabam por ser super infantis na posição que assumem, falta-vos coragem para ser de esquerda. Até porque o aquecimento global e o ignorado terrorismo (exilado no Cabo a violar pessoas) só se combatem através da união dos americanos com os russos e com os chineses já agora, portugueses, todos, não?
Por último, há de facto uma agenda em que a redline é subitamente uma guerra, posto todo um período conturbado em que fora uma pandemia. Acho que não estamos a apoiar força alguma nem na Etiópia, nem na faixa de Gaza, ... Yemen ... ya, vocês alinharam nesta agenda a pés juntos com o resto do mundo, contudo esqueceram-se mesmo do mundo.
Shame on me, que digo estas balelas. Shame on you, que apelam à resistência armada. Uma coisa aprendi: vocês não são objectores de consciência. A ser, é uma no cravo outra não sei bem já onde. Ya, e a guerra dura......
bela democradura (que mais parece outra coisa.)
Deve ser o amor, o amor combatente, esse grande amor mais do que incondicional pá, não te rendas companheira, não.
beijinhos e abraços
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