No mesmo dia em que se conhece mais uma onda de prisões de ativistas e líderes religiosos tártaros na Crimeia e que dois altos comandantes russos têm mandatos de detenção do TPI, o Guardian analisa como o ocupante russo age na região ucraniana de Zaporíjia.
Desde o início da invasão da Ucrânia, as exportações portuguesas para países como o Quirguistão, o Usbequistão, o Cazaquistão e a Arménia dispararam. Um estudo agora divulgado reforça a conclusão de que não se trata de uma atração recente desta região pelos produtos nacionais mas de um contornar das sanções à Rússia.
Mariana Mortágua vincou que o caminho de paz para a Ucrânia terá de respeitar "autodeterminação do seu povo e do seu território". Fazendo referência ao genocídio em curso na Palestina, a líder bloquista, que deixou elogios a António Guterres, enfatizou que também tem de haver respeito pela autodeterminação do Estado Palestiniano.
Se ajuda ocidental se mantiver e exportações russas continuarem, ambos os lados continuam com dinheiro para a guerra. Na Ucrânia, prejuízos acumulam-se e multinacionais ganham terreno. Zelensky quer mercado livre mas tem de viver em economia de guerra. Putin quer economia mais controlada pelo Estado com grandes empresas coordenadas com seus comparsas. Por Michael Roberts.
O interesse pela Ucrânia diminui mas os desafios enfrentados pela sua sociedade não. A insegurança económica e social aumentas. Muitas mulheres perderam casa e emprego e foram deixadas sozinhas a lidar com a situação quando os maridos foram mobilizados. Entrevista com o grupo Oficina Feminista feita por Patrick Le Tréhondat.
Como os trabalhadores veem a situação no país? O que podem fazer no meio da guerra? O que esperar no futuro próximo? Três sindicatos independentes e um ativista ucraniano deportado para a Rússia respondem a estas questões. Vitaliy Dudin explica o ataque aos direitos dos trabalhadores do novo código laboral de Zelensky.
Em entrevista a Patrick Le Tréhondat, Oksana Dutchak defende que uma visão socialmente justa das políticas em tempo de guerra e da reconstrução pós-guerra é um pré-requisito para canalizar as lutas individuais pela sobrevivência para um esforço consciente de luta comunitária e social.
Em entrevista a Federico Fuentes, a militante de esquerda Viktoriia Pihul fala sobre como a sociedade ucraniana encara a guerra, as questões da mobilização e das alterações nos comandos militares, as mobilizações contra o neoliberalismo do Governo e a solidariedade internacional.
A ideologia do Estado russo e o imaginário dos seus círculos dirigentes são elementos essenciais a ter em conta se quisermos compreender a lógica da invasão russa da Ucrânia e se estivermos à procura de soluções possíveis para pôr fim a este conflito e garantir uma paz duradoura na região. Por Hanna Perekhoda.
Putin estabilizou a sociedade recorrendo à repressão e ideologia neo-fascista. Reprimiu quase todos os dissidentes de esquerda, especialmente ativistas anti-guerra, e tentou obter a aprovação do público apoiando-se no nacionalismo étnico russo e diabolizando todos os grupos que o ameaçam. Por Ilya Budraitskis.
A fadiga do tempo roubou a empatia e a atenção inicial. A guerra na Ucrânia foi normalizada mas os números de vítimas e de estragos acumulam-se. Neste dossier, damos voz à esquerda e aos movimentos sociais ucranianos sobre o que se passa no seu país. Dossier organizado por Carlos Carujo.
Considerado próximo do Kremlin, o partido romeno da família política de André Ventura defende o fim do apoio a Kiev. E tal como a Rússia também quer anexar partes do atual território da Ucrânia.
Os lucros das cinco maiores companhias petrolíferas dispararam desde o início da invasão russa da Ucrânia. A Global Witness diz que estas “acumularam uma riqueza incalculável à custa da morte, da destruição e da subida em flecha dos preços da energia”.
Mia e Vasylina militam, respetivamente, no Movimento Socialista Russo e no Sotsialnyi Rukh ucraniano. Nesta entrevista partilham pontos de vista sobre os regimes dos seus países e a guerra.
Numa altura em que a guerra está num impasse, a atenção e apoio internacional enfraquece e o inverno agrava as condições de vida, o que pode a esquerda fazer para construir a solidariedade com o povo ucraniano? Por Oleksandr Kyselov.
Dois poetas russos foram condenados a vários anos de prisão por terem lido um poema crítico da invasão da Ucrânia. Um deles denuncia ter sido espancado e violado. A relatora especial da Organização das Nações Unidas sobre os Direitos Humanos na Rússia quer que sejam libertados e o caso investigado.
Artyom Kamardin e Yegor Shtovba leram um poema crítico da guerra em setembro do ano passado. Acabaram por ser condenados esta quinta-feira a sete e cinco anos e meio de prisão. Ao todo, 20 mil pessoas terão sido detidas desde o início da invasão em larga escala da Ucrânia por serem contra a ofensiva.
Esta terça-feira, o presidente ucraniano vai voltar a pedir armas e dinheiro aos senadores dos EUA. Expectativas do início das negociações de adesão à UE "são infundadas", diz o primeiro-ministro húngaro.
"Nós, ucranianos, devemos ser solidários não com os opressores, mas com aqueles que vivem e resistem à opressão", afirmam mais de 350 académicos, ativistas e artistas ucranianos. Leia aqui a carta aberta.
Os caminhos de ferro do país tinham decidido uma suspensão parcial do pagamento de salários previstos nas convenções coletivas. Os sindicalistas foram a tribunal e a agora a Ukrzaliznytsya será obrigada a pagar tudo o que não tinha pago desde março do ano passado a 30.000 trabalhadores.
O anúncio do fim do fornecimento de armas a Kiev surgiu como resposta às queixas ucranianas por causa da proibição polaca da importação de cereais ucranianos. Políticos alemães acusam o partido do poder em Varsóvia de fazer campanha eleitoral à custa da Ucrânia.
O Ministério do Interior cubano refere que o alvo da rede são cidadãos cubanos residentes na Rússia, mas também em Cuba. E reafirma que o país não faz parte do conflito na Ucrânia.