Em comunicado, o Sindicato dos Trabalhadores de Telecomunicações e Comunicação Audiovisual (STT) diz ter conhecimento que a Nokia Portugal está a avançar com um despedimento coletivo que abrange 142 trabalhadores, "tendo os trabalhadores envolvidos recebido a intenção por escrito no passado dia 22 de Fevereiro".
O STT considera "falaciosa e mistificadora" a argumentação utilizada pela empresa, baseada numa "realidade virtual" que os discursos dos responsáveis internacionais da empresa contradizem, pelo que duvida da legalidade da fundamentação usada. "Acresce que critérios de seleção na base do vencimento mais elevado, numa empresa com contas saudáveis, pode ser considerado um critério discriminatório e no mínimo a ultrapassar a fronteira da inconstitucionalidade", acrescenta o sindicato, que irá pedir audiências ao Ministério do Trabalho e aos grupos parlamentares.
"O STT não irá desistir até que o despedimento coletivo seja revertido. Caso seja necessário iremos agendar uma vigília à porta da Nokia para denunciar este despedimento de forma pública", conclui a nota do STT, apelando a outros sindicatos com filiados na empresa para unirem esforços na reversão deste despedimento coletivo.