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“Não há razão para o país não ter um OE aprovado a não ser que o governo não queira negociar”

A delegação do Bloco de Esquerda recebida pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, era composta por Catarina Martins, Pedro Filipe Soares e José Manuel Pureza.
No final da audiência com o presidente, a coordeanadora do Bloco de Esquerda declarou à comunicação social:
“Eu registo que o Governo ainda não deu nenhum passo negocial. Ainda tem tempo para dar esses passos e nós aqui estamos, com toda a disponibilidade, com toda a vontade, para que o país tenha um Orçamento do Estado (OE22). Agora, como compreende, um Governo minoritário tem de negociar e é isso que nós esperamos que o Governo faça”.
Catarina Martins frisou que “o fundamental é conseguir um Orçamento do Estado capaz de responder ao país” e sublinhou que “o Bloco de Esquerda não pode viabilizar um OE22 que não tem nenhuma das preocupações que nos parecem centrais, não responde ao país”.
“Nenhuma das nove propostas, nenhuma das três áreas em que o Bloco de Esquerda apresenta proposta encontra qualquer reflexo na proposta de Orçamento do Estado”, salientou Catarina Martins e acrescentou: “nos dias que mediaram entre a entrega do OE22 e até hoje”, o Governo afirmou publicamente a “total indisponibilidade para acabar com o corte do fator de sustentabilidade”; em relação ao trabalho, “o Governo propõe a reposição de uma norma da troika que neste momento está suspensa” e, sobre a saúde, o Governo propõe limitar o alcance do que já existe (por exemplo, uma exclusividade mais limitada para profissionais de saúde.
“Como compreendem, não tem sentido o Bloco de Esquerda aceitar recuos em normas que já aprovámos em anos anteriores”, afirmou a coordenadora bloquista, frisando que se mantém uma situação de impasse, “nenhuma das nove medidas, nenhuma das três áreas propostas pelo Bloco de Esquerda encontra qualquer eco”.
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