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Movimentos sociais e personalidades brasileiras pedem a destituição de Bolsonaro
Um novo pedido de destituição do presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, foi entregue esta quarta-feira ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia. Ao mesmo tempo que o documento era entregue, representantes de movimentos sociais, de centrais sindicais e de partidos da oposição reuniram-se em frente ao congresso brasileiro, onde colocaram cruzes e faixas com mensagens como “todos pela democracia” e “70 mil mortos, Bolsonaro, pare de negar”.
O documento conta com a adesão de mais de 1.400 organizações como, por exemplo, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), Movimento Negro Unificado (MNU), União Nacional dos Estudantes (UNE), Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), ISA - Instituto Socioambiental, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos (ABGLT) e Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD). A estas organizações juntam-se mais de duas mil personalidades como o cantor Chico Buarque, o ator Gregório Duvivier ou o ex-futebolista Walter Casagrande Júnior.
O pedido de impeachment detalha, nas suas 133 páginas, uma lista de supostos crimes de responsabilidade praticados pelo presidente, cita ataques contra a imprensa, más condutas do presidente brasileiro na área ambiental e elenca também falhas do governo durante a epidemia do novo coronavírus.
"As políticas de saúde foram severamente afetadas pela atuação criminosa de Jair Bolsonaro. Além da desarticulação do Sistema Único de Saúde (SUS), que já vinha sendo posta em prática no primeiro ano de gestão, a pandemia da Covid-19 escancarou o desprezo do atual governo pela proteção à saúde da população", diz o texto, citado pelo jornal brasileiro Folha de São Paulo.
A decisão de avançar com este pedido de impeachment surgiu depois de uma reunião virtual da Campanha Fora Bolsonaro, que juntou no sábado mais de 600 ativistas. Até ao momento já deram entrada 49 pedidos de destituição de Jair Bolsonaro, estando todos parados na mesa da presidência da Câmara dos Deputados, informa o Correio Braziliense.
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