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Movimento anti-nuclear exige não prolongamento do funcionamento de Almaraz

O debate sobre o prolongamento do funcionamento da central nuclear de Almaraz foi “exclusivamente baseado nos benefícios”. Isso “deixou claro que a única razão da sua existência é a obtenção de lucro” e, mais, que “o maior perigo da central é a atitude das suas proprietárias”.
Esta é a posição do Movimento Ibérico Anti-nuclear (MIA) que solicita que não se prolongue a licença de exploração da central de Almaraz que terminaria a 19 de junho de 2020.
Os dois reatores estão a atingir os 40 anos de funcionamento (em 2021 e 2023) e, para os ambientalistas, não faz sentido mantê-los a funcionar porque, para além de se tratar de uma fonte de “energia enormemente perigosa”, “os problemas de segurança agudizar-se-ão” à medida que os sistemas das centrais vão envelhecendo.
Para o MIA, a atitude economicista das empresas Iberdrola, Endesa e Naturgy representa ainda um perigo acrescido para além destes dois. Por isto, considera-se, estas “não reúnem os requisitos de fiabilidade mínimos para continuar a operar”. E, para além da vontade de lucro das empresas, os ecologistas não estão satisfeitos com o PSOE . Este partido foi “incapaz de cumprir a sua promessa de encerramento do nuclear quando se cumpram 40 ano de laboração”.
Em vez de prolongar o funcionamento das centrais nucleares em fim de ciclo, dever-se-iam desmantelar o mais cedo possível e estabelecer “um imposto para as elétricas proprietárias incidindo sobre os seus lucros” dada “a insuficiência de fundos disponíveis para a gestão dos resíduos nucleares de que são responsáveis”. Os ambientalistas recordam que a extensão de funcionamento aumentará o volume de resíduos “de alta atividade” em 175 toneladas por ano. E, quanto aos “resíduos de média e baixa atividade” o MIA denuncia que “não caberão no cemitério nuclear de El Cabril” em Córdoba.
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