O movimento de contestação à megacelulose da empresa portuguesa Altri em Palas de Rei, perto de Lugo, não pára de crescer. Depois das grandes manifestações dos últimos meses em cidades galegas, agora o protesto juntou-se no município costeiro Póvoa do Caraminhal, perto da Corunha, sob chuva constante e rajadas de vento forte na manhã de sábado.
Máis de 50.000 persoas ateigamos hoxe a Pobra do Caramiñal ao berro unánime de #AltriNON
O clamor do pobo galego contra a macro celulosa que Altri Greenalia quere instalar no corazón de Galiza é rexeitada. Queremos unha Galiza viva!!!! pic.twitter.com/Vs6U2TrVkB— Adrián R. Bravo (@adrianrbravo) March 22, 2025
Os organizadores falam em dezenas de milhares de pessoas em terra e 500 barcos no mar em apoio do primeiro protesto desde que o Governo liderado pelo PP galego decidiu aprovar o estudo ambiental da celulose projetada para a nascente do rio Ulla, que desemboca na Ria de Arousa. A mobilização superou em muito as expetativas da organização e o mar de guarda-chuvas dos presentes fez lembrar a manifestação “Nunca Mais” de dezembro de 2002, após a tragédia ambiental do derrame do petroleiro Prestige.
Xa tedes outra histórica mani dos paraugas... #AltriNON#22mAPobra#AltriMataAMinaRemata#NinAltriNinMina#MinaTouroOPinoNon@UlloaViva pic.twitter.com/erAoQyhhNf
— Altri NON! (@Altri_non) March 22, 2025
Pela Plataforma en Defensa da Ría de Arousa falou Xaquín Rubido para pedir a demissão dos membros do Governo autonómico responsáveis pelas pastas do Mar, Economia e Meio Ambiente e considerar “uma ruína para a Galiza” os projetos da celulose e também os das minas de Touro e O Pino, “dois projetos claramente contaminantes e que hipotecam o futuro do río Ulla e da ría de Arousa" e por isso igualmente contestados nesta manifestação.
Também citada pelo Praza.gal, a Presidente da Plataforma Ulloa Viva, Pilar Naveira, diz que apesar da decisão do Governo tornar quase certo que a Altri vai obter licença administrativa para o projeto, “o que é 100% seguro é que não tem licença social”.
Uma estreia nestes protestos contra a celulose foi a do líder do PS galego, José Besteiro, referindo-se ao projeto como uma “grande mentira”. Por seu lado, Ana Pontón, porta-voz do Bloco Nacionalista Galego, voltou a marcar presença e apelou ao presidente da Xunta, Alfonso Rueda, que ouça “o clamor social” contra a Altri.
Orgullo inmenso dunha cidadanía que se mobiliza para defender o seu futuro ante un goberno desleal con este País e coa súa xente.
Hoxe, todos e todas xuntas na Pobra do Caramiñal para dicir, desde a razón e desde o corazón: Altri non, Galiza si!#AltriNon pic.twitter.com/uRNAelL1L4— Ana Pontón (@anaponton) March 22, 2025