Esta quarta-feira, milhares de elementos da Polícia de Segurança Pública e da Guarda Nacional Republicana manifestaram-se entre o Largo do Carmo e Assembleia da República. Pretendem que o seu suplemento de risco seja equiparado ao que foi atribuído pelo Governo à Polícia Judiciária.
A manifestação, organizada por uma plataforma de sete sindicatos da PSP e quatro associações da GNR, decorreu maioritariamente em silêncio, com alguns momentos de palmas, de assobios e de cantar o hino. À frente do desfile ia uma faixa a dizer “polícias unidos” e o agente que começou sozinho o protesto em frente ao Parlamento há perto de duas semanas, Pedro Costa, foi aplaudido pelos manifestantes.
A organização queixa-se da desconsideração do Governo, cuja “machadada final” foi o aumento do suplemento de missão da PJ sem ter semelhante medida para os outros agentes policiais. Os protestos sobre a questão têm-se multiplicado e esta manifestação foi o ponto mais alto até ao momento.
Bloco reafirma propostas para responder à insatisfação na PSP e GNR
Em comunicado, o Bloco de Esquerda reafirmou o seu reconhecimento "dos legítimos motivos de insatisfação que levam à realização desta manifestação" e lembrou as propostas que tem apresentado no sentido de concretizar medidas que respondam "à injustiça que atinge estes profissionais" da PSP e da GNR, nomeadamente "a revisão das carreiras, das tabelas remuneratórias e a atribuição de um condigno suplemento de risco aos profissionais das forças de segurança", reivindicações antigas dos sindicatos e associações socioprofissionais da PSP e da GNR.
Para o Bloco, "estas medidas são devidas e necessárias para corrigir a falta de atratividade destas carreiras, para contrariar o adiamento do acesso à reforma de muitos agentes e a falta de candidatos nos concursos que são lançados".
Em concreto, o Bloco propõe "aumentar o valor pago a título de subsídio de risco à PSP e à GNR, equiparando-o ao valor pago aos profissionais da Polícia Judiciária, rever as carreiras e tabelas remuneratórias da PSP e GNR, ouvindo os sindicatos e associações profissionais, garantir a igualdade salarial entre GNR e PSP" e "abrir novos concursos de ingresso na PSP e GNR"