Os meses precedentes mostraram-se penosos para a política de Guerra Fria dos Estados Unidos. Na China, tinha sido proclamada a vitória da Revolução comunista. Na URSS, tinha sido detonado um engenho atómico.
As acusações disparatadas de McCarthy proporcionaram uma explicação para o desastre da política externa norte-americana: os agentes subversivos comunistas estavam a trabalhar bem no governo, em Washington.
No auge da Guerra Fria, o discurso do senador McCarthy encontrou eco nacional e avivou os medos dos norte-americanos quanto à existência de agentes subversivos no seio do Departamento de Estado.
Em poucos meses, instalou-se uma verdadeira paranóia, que desestabilizou os democratas no poder. Em 1952, após a eleição de Eisenhower, McCarthy presidiu ao Comité de Atividades Antiamericanas.
Em 1954, o poder de McCarthy ruiu, quando passou a atingir importantes personalidades militares.
Em 1954, o poder de McCarthy ruiu, quando passou a atingir importantes personalidades militares. O Senado condenou publicamente o macarthismo, pondo fim a um dos períodos mais nefastos da história norte-americana.
O "mcarthismo" caracterizou-se por inúmeras perseguições – contra intelectuais e artistas sobre os quais pairasse qualquer suspeita de serem de esquerda –, por prisões de dirigentes sindicais e por processos de espionagem contra funcionários do Estado e cidadãos comuns, por depurações e pelas temerosas "listas negras". Além do clima de medo, essa "caça às bruxas" levou inocentes à morte, como foi o conhecido caso Rosemberg.
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