Os candidatos do Bloco de Esquerda às legislativas em Braga estiveram reunidos esta quinta-feira com a Comissão de Trabalhadores e com outras trabalhadoras e trabalhadores da Bosch, para tomarem conhecimento de problemas do funcionamento dos turnos e outras questões laborais.
No final da reunião, Francisco Louçã resumiu o encontro, dizendo que “a Comissão de Trabalhadores da Bosch apresentou a dificuldade da vida dos milhares de pessoas que trabalham para a empresa, muitas das quais em turnos de laboração contínua, 24 horas e sete dias por semana”.
“Além do desgaste provocado por estes horários - uma das trabalhadoras que esteve presente no encontro está há mais de vinte anos nesse regime - foram denunciadas situações de abuso e prepotência, como a mudança de postos de trabalho ou de turnos sem outra razão aparente que não seja a arbitrariedade. Os turnos corroem a vida destas trabalhadoras e trabalhadores e criam insegurança permanente no seu dia a dia”, alertou o cabeça de lista do Bloco de Esquerda pelo círculo de Braga às legislativas de 18 de maio.
Cerca de oitocentas mil pessoas trabalham em Portugal nestes regimes de turnos, pelo que o Bloco de Esquerda tem desenvolvido uma campanha para proteger os seus direitos, nomeadamente propondo um subsídio de turno de pelo menos 30% do salário base, um dia de descanso na mudança de horário de turno e dois fins de semana de descanso, pelo menos, a cada seis semanas de trabalho, e ainda um máximo de 35 horas semanais para estes trabalhadores e compensações do desgaste por via da redução da idade da reforma.