Lisboa acolhe primeira edição do Festival Imersão

19 de outubro 2023 - 17:22

A mostra dedicada à divulgação e promoção de talento emergente LGBTQI+ decorre sexta-feira e no sábado no Teatro Ibérico, com dezoito artistas a apresentar exposições, vídeo instalações, concertos e performances.

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Em comunicado, a organização do Festival Imersão explica que a programação desta primeira edição “é constituída pelos resultados dos Laboratórios Artísticos de 2023 promovidos pelo Queer Art Lab (plataforma lisboeta de capacitação e suporte de artistas LGBTQI+)”, que “abrangem diversas formas de expressão artística, incluindo música, artes performáticas, ativismo gráfico, arte urbana e videoarte”.

Os laboratórios foram frequentados por dezoito artistas emergentes, que contaram com a orientação de artistas consagrados, entre os quais Filipe Sambado, Marco da Silva Ferreira, ROD, Tamara Alves e Tiago Leão. Conforme sublinha a organização, “o foco destes laboratórios residia na capacitação, empoderamento e autossuficiência, com a distribuição de bolsas com valor monetário”.

A programação integra obras de artistas como: Francisca Antunes, Rebeca Letras e S4RA (video arte); Diego Bragà, Diana XL e Marianne 3.0 (música); Izabel Nejur, Andrei Bessa, AURORA e David J. Amado (artes performativas); Agah, Carolina Elis, Félix Rodrigues, Mariana Caldeira (ativismo gráfico). Terão ainda lugar visitas guiadas ao mural na Rua Gualdim Pais, pintado por Noah Zagalo, Bruna Borges, Time for the Oniric e No Soy Tu Baby (intervenção urbana).

O mote da primeira edição do Festival Imersão é “360º de pele”, que constitui “um convite a explorar questões e experiências individuais numa ótica circular que se relacione com o ser individual e a sociedade”.

“O foco parte da construção ou desconstrução de identidade, pensamento, corpo, sentimentos e experiências como pessoas LGBTQI+. ‘360º de pele’ traz para o coletivo aquilo que é a pele como camada de impacto, como definição de limites, como leitura mas também como película que pode ser trespassada”, lê-se no comunicado.

A Queer Art Lab estreou em outubro de 2021 Queer Art Lab (QAL) e apresenta-se como “um espaço seguro para experimentação, criação, mostra de arte e intervenção na comunidade LGBTQIA+”. O projeto, apoiado pela discoteca Trumps, espaço no qual têm decorrido as suas atividades, dinamiza diferentes ações, desde exposições, instalações, concertos, workshops, palestras, atividades para a comunidade.

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