No texto da petição são feitas reivindicações específicas a Carlos III, que passam, à partida, pela apresentação de um pedido formal de desculpas para “iniciar uma conversa sobre o impacto duradouro da escravidão”.
Os ativistas de 12 países da Commonwealth querem que o monarca reconheça os atos britânicos de genocídio contra os povos indígenas, e que se comprometa a iniciar um processo de reparação pela opressão destes povos, a pilhagem de recursos, a difamação da cultura, e de devolução da riqueza que foi roubada.
Os signatários exortam Carlos III a repatriar todos os restos mortais dos povos indígenas e a devolver todos os tesouros culturais e artefactos roubados “ao longo de séculos de genocídio, escravidão, discriminação e massacre”.
A petição insta ainda a Família Real a reconhecer e adotar a renúncia do Papa Francisco à "Doutrina da Descoberta" a partir de abril de 2023, e a iniciar um processo de consulta e reparação para os afetados pelo genocídio nativo.
“Estamos unidos para corrigir os erros do passado, continuar o processo de descolonização e trabalhar para um futuro construído na democracia, mérito, inclusão e unidade, livre dos vestígios de racismo e opressão que persistem hoje como um legado direto da era colonial”, lê-se na petição, assinada por representantes de Antígua e Barbuda, Aotearoa (Nova Zelândia), Austrália, Bahamas, Belize, Canadá, Granada, Jamaica, Papua Nova Guiné, São Cristóvão e Nevis, Santa Lúcia e São Vicente e Granadinas.
“Sabemos que esta pode ser uma conversa difícil para a família real, mas a mudança começa com a escuta”, afirmou Nova Peris, a atleta olímpica aborígene, ex-senadora australiana do Partido Trabalhista, citada pelo Guardian.