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IndieLisboa regressa entre 21 de agosto e 6 de setembro

De acordo com a organização do IndieLisboa Festival Internacional de Cinema, a iniciativa “mostra essencialmente obras que se encontram fora do radar da regular circulação de filmes, moldada pela produção e exibição dominantes”.
A par da exibição de filmes, num total de mais de 270, as secções do festival incluem também programas temáticos, que “promovem o debate sobre assuntos relevantes, com o objetivo de apresentar uma seleção conceptualmente e geograficamente diversificada”.
A programação do IndieLisboa é dividida em secções. Nas competições internacional, composta por primeiras, segundas e terceiras obras nunca antes mostradas publicamente em Portugal, e nacional, que inclui filmes que têm, na sua maioria, a primeira apresentação mundial no IndieLisboa, concorrem longas e curtas metragens.
Um dos filmes exibidos na secção internacional é o Depuis La Nuit Des Temps, de Clary Demangeon e Jeanne Delafosse. Com uma encenação teatral, esta obra “dá voz a 13 mulheres que expressam – usando factos, mitos, opiniões, humor – as suas perspetivas face às condições que regem o trabalho de parto nos hospitais franceses e o tratamento da mulher num momento tão vulnerável”.
Já a secção Silvestre reúne obras de jovens cineastas e autores consagrados, e prima pela singularidade. A rejeição das fórmulas consagradas é transversal aos filmes selecionados.
O festival oferece ainda a oportunidade de usufruir de uma secção competitiva constituída por um conjunto de filmes de jovens cineastas que estão a dar os seus primeiros passos. E o público mais novo também não é esquecido. O IndieJúnior é complementado por um conjunto de ateliês, atividades culturais e espaços de criação pensados para os mais pequenos, as famílias e as escolas.
No IndieMusic, o festival abraça “filmes sobre músicos e bandas de todo o mundo, mergulhando não raras vezes nos contextos históricos, políticos e sociais que acompanham as movimentações musicais”.
Compõem ainda o IndieLisboa a secção Director’s Cut, com “filmes novos que mergulham na memória do cinema como sua principal inspiração e matéria-prima e filmes que retrabalham o património visual cinematográfico”, e a secção Boca do Inferno, com obras que “rasgam fronteiras de registo e temas, sem tabus”. Nas sessões especiais, é possível encontrar o filme de abertura, o filme de encerramento e outras estreias e programas temáticos relativos à edição.
É de destacar a secção Retrospectivas, coprogramada com a Cinemateca Portuguesa-Museu do Cinema, que é dedicada a Sarah Maldoror - poesia da imagem resistente.
A organização do IndieLisboa explica a sua escolha: “Conhecida sobretudo pela dimensão mais militante do seu cinema associada às lutas contra o colonialismo, Sarah Maldoror (1929-2020) é autora de uma obra multifacetada determinante para a afirmação de uma cultura negra, que, permanecendo em grande parte invisível, assume particular relevância no contexto português pela sua ligação ao nosso passado colonial. Daí a importância desta primeira retrospetiva praticamente integral da sua obra”.
O festival não se esgota nas secções. As festas temáticas oficiais conhecidas como IndieByNight relacionam-se sempre com temas dos filmes do IndieMusic. E as LisbonTalks incluem masterclasses, encontros e aulas, dão azo à “discussão crítica, reflexão, aprendizagem e reformulação de ideias, à volta das práticas cinematográficas e do meio profissional português e internacional”.
No total, seis espaços lisboetas acolherão o IndieLisboa: Culturgest, Edifício Sede da CGD, Rua Arco do Cego, 50, Cinema São Jorge, Av. da Liberdade, 175, Cinema Ideal, Rua do Loreto, 15/17, Cinemateca Portuguesa, Rua Barata Salgueiro, 39, Biblioteca Palácio Galveias, Campo Pequeno, Fundação Mário Soares e Maria Barroso, Rua de São Bento, 176.
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