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Hong Kong: Polícia detém 47 ativistas pró-democracia por conspiração
Os ex-legisladores e defensores da democracia já tinham sido presos em janeiro, mas tinham sido entretanto libertados. Detidos agora novamente, irão a tribunal na segunda-feira, notícia a agência Lusa através da Associated Press.
Segundo as autoridades, os ativistas terão violado a nova lei de segurança nacional imposta por Pequim ao participarem em primárias eleitorais não oficiais para as legislativas do território em 2020.
O grupo de ativistas inclui 39 homens e oito mulheres com idades entre 23 e 64 anos, disse a polícia.
Hong Kong viveu em 2019 a pior crise política desde a transferência da soberania do Reino Unido para a China em 1997, com sete meses de protestos em que milhares de pessoas saíram à rua para exigir reformas democráticas na antiga colónia britânica. Mais de nove mil pessoas foram detidas.
Em resposta, a China impôs, em 30 de junho de 2020, uma lei da segurança nacional ao território, punindo atividades subversivas, secessão, terrorismo e conluio com forças estrangeiras com penas que podem ir até à prisão perpétua.
O Governo chinês criou o Gabinete de Salvaguarda da Segurança Nacional em Hong Kong, oito dias após a entrada em vigor da nova legislação, e a polícia passou também a ter poderes reforçados.
A lei é criticada pela comunidade internacional e organizações de direitos humanos, por considerarem que põe em causa a autonomia do território. Segundo dados da Amnistia Internacional, até ao momento, mais de 10 mil pessoas foram detidas em Hong Kong por envolvimento nas manifestações de 2019 e mais de duas mil foram acusadas judicialmente por suposta relação com "distúrbios, participação em reuniões ilegais e posse de armas".
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