A política agressiva de Donald Trump para a detenção e deportação de imigrantes ilegais nos Estados Unidos da América está a afetar pessoas que têm vistos de trabalho legítimos e até turistas, que apenas estão de férias no país. Um clima de perseguição envolve agora os processos relacionados com a investigação de estrangeiros no país.
O Público relata diferentes episódios que retratam esse clima. O alemão Fabian Schmidt, que tem um autorização de residência no país válida durante dez anos, foi detido “violentamente interrogado”, enviado para uma prisão e posteriormente hospitalizado, segundo a sua família.
Dois outros turistas alemães, Lucas Sielaff e Jessica Brösche foram detidos em ocasiões diferentes na fronteira entre o México e a Califórnia. Brösche esteve detida mais de seis semanas, tendo passado oito dias em confinamento solitário, enquanto Sielaff esteve detido duas. Os dois foram libertados mas deportados sem explicação do que lhes aconteceu.
EUA
Negócios em quebra e medo: o impacto da política de Trump nas comunidades portuguesas
Rebecca Burke, uma turista britânica, foi detida há duas semanas na fronteira entre os Estados Unidos da América e o Canada e ainda está sob custódia do Estado. A justificação será que Burke, apesar de ser uma turista a atravessar o continente de mochila às costas, revelou que pretendia pagar pelas suas estadias com tarefas domésticas. Como tinha um visto de turismo e não de trabalho, não lhe foi permitida a entrada no país.
Até agora, dúvidas sobre vistos que não tivessem antecedentes criminais apenas veriam a sua entrada recusada, mas nestes casos e noutros, as pessoas são detidas e interrogadas apesar de apresentarem documentos válidos nas fronteiras. Esta mudança acontece a par das perseguições a imigrantes ilegais e do reforço dos dispositivos securitários nas fronteiras e no país, sinalizando uma mudança extrema na política de entradas e saídas do país levada a cabo pelo presidente de extrema-direita.