Mariana Mortágua esteve este domingo na localidade do Barco num protesto contra a exploração mineira na serra da Argemela, acompanhada pela cabeça de lista do Bloco às eleições legislativas de 10 de março pelo círculo eleitoral de Castelo Branco, Inês Antunes.
A coordenadora do Bloco enfatizou que “este projeto nunca deveria ter tido aval do Governo”, na medida em que o mesmo vai “contra leis, contra o bom senso, contra a vontade da população, dos autarcas, da comunidade organizada”.
“Há todas as razões para travar este projeto. É um crime ambiental, vai poluir águas do rio, que não só irriga esta região como chega até Lisboa nas águas que são consumidas na capital, produzir pós e poluição que põem em causa a saúde pública e a segurança ambiental e biodiversidade desta região”, assinalou Mariana Mortágua.
A líder bloquista acrescentou que “há todos os indícios que apontam para o favorecimento de uma empresa, e que, em nome desse favorecimento, todas as leis tenham sido ultrapassadas”.
“Ao longo do tempo, o Governo foi dando a volta a todas as regulamentações e a todas as leis para passar ao lado de todas as exigências e entregar o projeto de mineração a uma determinada empresa”, referiu Mariana Mortágua.
A coordenadora do Bloco reforçou que o executivo socialista não se coibiu de ir “contra os interesses da população, interesses ambientais e da saúde pública”, e que a “ironia” é que “nem sequer há a garantia de que existia lítio ou outros materiais preciosos nestas terras”.
Sublinhando que o “Governo acha que pode passar por tudo e por toda a gente para beneficiar uma empresa em concreto e mais ninguém”, Mariana Mortágua afirmou que o Bloco “ está ao lado da população”. “E seria “importante que outros partidos se pronunciassem”, porque não basta criticar os grandes negócios a favor de empresas, é preciso “dar a cara e ter a coragem de tomar decisões”.