Os trabalhadores do grupo TAP “estarão em força na greve de 24 de Novembro”, afirmou esta terça-feira José Simão, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA), na conferência de imprensa que se seguiu ao plenário dos funcionários, a decorrer em Lisboa. “Vamos ter uma participação sem dúvida forte na greve de 24 de Novembro”, acrescentou.
O presidente do SITAVA, um dos sete sindicatos que estiveram presentes nesta reunião de trabalhadores da TAP, frisou que o “sector é para parar e parará com o nosso contributo e o contributo dos outros sindicatos”, cita a TSF.
“O Governo deve já preparar-se porque vai contar com o afrontamento destes sindicatos, porque não aceitamos que queiram de uma forma despudorada ir ao bolso. Não estamos disponíveis para pagar peditórios e não vamos pagar a privatização”, disse ainda José Simão.
A presidente do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) afirmou, por seu turno, que os sindicatos “estão disponíveis para as greves que forem precisas” para “garantir os direitos que demoraram muito tempo a serem conseguidos”.
Além do SNPVAC e do SITAVA, o plenário foi convocado pelo STHA (Sindicato dos Técnicos de Handling dos Aeroportos), SINTAC (Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil), SQAC (Sindicato dos Quadros da Aviação Comercial), SIMA (Sindicato das Indústrias Metalúrgica s e Afins) e SITEMA (Sindicato dos Técnicos de Manutenção de Aeronaves).
Estes sindicatos garantiram também não estar disponíveis para apoiar o despedimento de cerca de 300 trabalhadores da Groundforce de Faro e defenderam que há outras alternativas para evitar a saída destes funcionários.
Além disto acusam a direcção da empresa de má administração do sector, anunciando que vão ter uma reunião com o gabinete do Primeiro-Ministro na quinta-feira, ao final da tarde.