Os trabalhadores da Auto Viação Feirense, que opera na rede de transportes públicos UNIR na área metropolitana do Porto, estão a realizar esta segunda-feira uma greve e uma concentração em frente à sede da empresa em Santa Maria da Feira.
Hélder Borges, do Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal, declarou à SIC que os níveis de adesão se aproximam dos 90% e justifica a paralisação porque “a empresa não cumpre com o contrato coletivo de trabalho e não respeita os trabalhadores”.
Explica ainda que nenhuma das promessas feitas pela empresa se cumpriu, nomeadamente a melhoria de frota e da frequência de horários. “As frotas estão a degradar-se nesta empresa e noutras” e “em termos dos horários, prometeram menos tempo de espera nas paragens, mas os passageiros cada vez esperam mais nas paragens”, contrapõe.
Os trabalhadores acusam ainda a empresa de mentir acerca do salário mínimo. A informação prestada anteriormente pela Auto Viação Feirense à Lusa tinha sido que o salário médio na empresa seria de 1.834 euros brutos, a que se somariam ajudas de custo de 260 euros. Em alguns dos cartazes que mostravam esta manhã podia ler-se: “Mentirosos. Salário médio dos trabalhadores da Feirense 1.839 – falso.”
A Transportes Beira Douro, subsidiária da Auto Viação Feirense, opera no lote 4 da rede Unir (que integra Vila Nova de Gaia e Espinho) e também está está subcontratada no lote 2 (cobrindo assim parte dos concelhos de Gondomar, Paredes, Valongo e Santo Tirso).
