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Greve na Carl Zeiss Vision durante quatro dias

Trabalhadoras e trabalhadores da fábrica de lentes estão em luta, desde as zero horas de 31 de dezembro até às 24h de segunda-feira. A paralisação tem como objetivo impedir a imposição unilateral da laboração aos fins de semana, a partir deste dia 2.
A greve na Carl Zeiss Vision prolonga-se até às 24 horas de segunda-feira - Foto da CGTP
A greve na Carl Zeiss Vision prolonga-se até às 24 horas de segunda-feira - Foto da CGTP

Fátima Messias, coordenadora da federação portuguesa dos sindicatos da construção, cerâmica e vidro (FEVICCOM), declarou à Lusa no dia 30 que os trabalhadores "lutam pela defesa do atual período normal de trabalho, de segunda a sexta-feira, rejeitando a imposição patronal de laboração contínua a partir de 02 de janeiro de 2021". A greve é convocada pelo sindicato dos trabalhadores da indústria vidreira (STIV), filiado na FEVICCOM e na CGTP.

Fátima Messias disse também à agência que "dos 109 trabalhadores da empresa, cerca de 100 assinaram um documento contra a implementação do trabalho ao fim de semana porque lhes prejudica a vida pessoal e familiar, dado que alguns até são casais e não têm onde deixar os filhos".

A coordenadora da FEVICCOM acrescentou que "não se justifica que uma empresa de lentes não pare a laboração ao fim de semana, além de que isso contraria o que está definido no Acordo de Empresa, que prevê laboração, em regime de turnos, de segunda a sexta-feira".

Esta greve impede que a laboração contínua tenha início em 2 de janeiro e o sindicato e a federação sindical vão tentar impugnar judicialmente a decisão unilateral da empresa.

De acordo com as estruturas sindicais, trabalhadores e trabalhadoras da Carl Zeiss Vision lutam ainda por:

“• Defesa do direito de contratação colectiva e negociação da proposta reivindicativa para 2021;

• Integração no quadro de efectivos de todos/as os/as trabalhadores/as de empresas de trabalho temporário que desempenham funções permanentes na Carl Zeiss;

• Exigência de cumprimento dos direitos de maternidade e de paternidade;

• Rejeição da pressão psicológica e do assédio laboral;

• Realização de testes à COVID-19, a todos/as os/as trabalhadores/as através dos serviços da saúde ocupacional da empresa”.

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