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Greve na Carl Zeiss Vision durante quatro dias
Fátima Messias, coordenadora da federação portuguesa dos sindicatos da construção, cerâmica e vidro (FEVICCOM), declarou à Lusa no dia 30 que os trabalhadores "lutam pela defesa do atual período normal de trabalho, de segunda a sexta-feira, rejeitando a imposição patronal de laboração contínua a partir de 02 de janeiro de 2021". A greve é convocada pelo sindicato dos trabalhadores da indústria vidreira (STIV), filiado na FEVICCOM e na CGTP.
Fátima Messias disse também à agência que "dos 109 trabalhadores da empresa, cerca de 100 assinaram um documento contra a implementação do trabalho ao fim de semana porque lhes prejudica a vida pessoal e familiar, dado que alguns até são casais e não têm onde deixar os filhos".
A coordenadora da FEVICCOM acrescentou que "não se justifica que uma empresa de lentes não pare a laboração ao fim de semana, além de que isso contraria o que está definido no Acordo de Empresa, que prevê laboração, em regime de turnos, de segunda a sexta-feira".
Esta greve impede que a laboração contínua tenha início em 2 de janeiro e o sindicato e a federação sindical vão tentar impugnar judicialmente a decisão unilateral da empresa.
De acordo com as estruturas sindicais, trabalhadores e trabalhadoras da Carl Zeiss Vision lutam ainda por:
“• Defesa do direito de contratação colectiva e negociação da proposta reivindicativa para 2021;
• Integração no quadro de efectivos de todos/as os/as trabalhadores/as de empresas de trabalho temporário que desempenham funções permanentes na Carl Zeiss;
• Exigência de cumprimento dos direitos de maternidade e de paternidade;
• Rejeição da pressão psicológica e do assédio laboral;
• Realização de testes à COVID-19, a todos/as os/as trabalhadores/as através dos serviços da saúde ocupacional da empresa”.
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