O Governo anunciou que cancelou a sua “agenda festiva” relativamente às celebrações da Revolução dos Cravos para uma “data subsequente” devido ao luto nacional pelo Papa Francisco. Mas a maior parte das celebrações, como as manifestações populares do 25 de abril, a sessão solene no Parlamento e o Arraial dos Cravos, mantêm-se.
O ministro da Presidência, Leitão Amaro, explicou que o Governo adiou os “momentos festivos”, mas na verdade o que cancelou foi a sua própria agenda festiva. A maior parte dos eventos populares de celebração do 25 de Abril não são organizados pelos Governo.
“Comunicámos às entidades organizadoras, e estamos a comunicar, garanto que todos até este momento já o tenham feito, (…) que não participaremos nesses eventos de celebração neste período, que é um período de consternação e de homenagem sincera e profunda”, disse o ministro.
Mas quem organiza as manifestações do 25 de Abril não é o Governo, é a Comissão Promotora das Comemorações Populares do 25 de Abril. O mesmo acontece com o Arraial dos Cravos, que é organizado pela Cultra – cooperativa cultura trabalho e socialismo, e pelo Abril é Agora. Até na sessão solene realizada no Parlamento o Governo marcará presença.
Por isso, todas as comemorações organizadas por organizações e associações da sociedade civil mantêm-se este ano. No dia 25 de abril celebram-se também os 50 anos das eleições para a Assembleia Constituinte em 1975.
