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Google tenta anular multa de 4,34 mil milhões de euros

A empresa foi acusada pela Comissão Europeia de estabelecer contratos ilegais com fabricantes de dispositivos Android e operadores de redes, resultando em 2018 numa multa que agora querem ver anulada em tribunal.

Em 2018, a Comissão Europeia impôs à Google uma multa de 4,3 mil milhões de euros por violação da concorrência. A empresa foi acusada de estabelecer contratos ilegais com fabricantes de dispositivos Android e operadores de redes, com o objetivo de fortalecer o domínio do motor de busca da gigante tecnológica.

O caso começou a ser julgado esta semana no Tribunal Geral da União Europeia, onde a multinacional norte-americana procura anular a multa.

Em entrevista à Euronews, Alexandre de Cornière afirma que “é verdade que a Google investiu muito no ecossistema Android. Permitiu que esse ecossistema florescesse. A Comissão Europeia culpa a Google de abusar da posição dominante ao forçar e impor restrições aos fabricantes de smartphones. Isso torna mais difícil para os rivais da Google a operar no mercado de motores de busca serem uma opção para os fabricantes de telemóveis".

Em resposta à Comissão Europeia, a Google considera que o sistema operativo reforçou a concorrência, mas não responde diretamente às acusações de que a empresa terá forçado os fabricantes a pré-instalar o navegador Chrome e o motor de buscas Google nos dispositivos Android como condição para fornecer acesso à Play Store, chegando assim a mais clientes.

Por seu lado, a administração Biden está a dar sinais de querer regular estas multinacionais. “Existem ameaças de as separar e muitos processos judiciais em curso. Penso que estamos a assistir a uma espécie de convergência e talvez os EUA estejam a assumir a liderança na luta contra as tecnológicas”, acrescentou Alexandre de Cornière.

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