Esta terça-feira, 25 de julho, teve lugar mais um Dia da Pátria Galega, que contou novamente com milhares de pessoas em cortejo nas ruas de Compostela e uma Praça da Quintana a transbordar de gente.
Num ambiente festivo e reivindicativo, a comemoração do Dia da Pátria Galega contou com a participação não só de milhares de militantes do Bloco Nacionalista Galego (BNG), bem como de tantas outras pessoas que defendem um programa político que tem em conta os interesses da região. Contou também com a participação de várias delegações internacionais, entre elas a de Portugal, com o Bloco de Esquerda. Partidos e movimentos de todas as regiões do estado espanhol - Catalunha, País Basco, Castela, Maiorca, entre outras -, da Irlanda, Bretanha, Itália, Uruguai, Chile, Palestina, entre muitos outros, participaram neste momento de afirmação do nacionalismo galego.
No discurso político deste evento, Ana Pontón, porta-voz do BNG, deixou algumas mensagens muito claras, entre apelos à sua votação para presidenta da Xunta da Galiza nas próximas eleições autonómicas, previstas para o próximo ano, um desafio para o qual se diz preparada e com toda a força numa altura em que o BNG atravessa o "melhor momento" da sua história após os resultados obtidos nas eleições municipais e legislativas estatais.
"A Galiza merece mais que um PP que não tem projeto de futuro" e cujo líder, Alfonso Rueda, "está mais preocupado com os problemas do seu chefe do que com os problemas dos galegos", prosseguiu Ana Pontón, referindo-se a Alberto Feijóo que a poucos metros da praça Quintana participava na tradicional cerimónia religiosa da oferenda ao apóstolo Santiago na catedral de Compostela. E apelou a uma "mudança de ciclo" para colocar pela primiera vez uma mulher na presidência da Xunta da Galiza.
Ana Pontón referiu também que nas eleições de 23 de julho o BNG não cumpriu as expectativas de eleger dois deputados, mas manteve a sua presença no congresso e a voz da Galiza será, desta forma, representada por Nestor Rego, um lugar decisivo “defender a Galiza em Madrid” e para que “o PP não governe com a extrema-direita”. Reforçou que o BNG foi uma das duas forças que cresceram nestas últimas eleições, com uma subida de 25% de votos.