Segundo Poul Thomsen, chefe da Missão do FMI a Portugal, "todos os partidos da oposição com quem falámos garantiram que iriam aplicar as principais medidas negociadas com o FMI".
O Comité Executivo do Fundo Monetário Internacional aprovou na sexta-feira o empréstimo de 26 mil milhões de euros a Portugal. Deste montante, 6,1 mil milhões de euros ficarão imediatamente disponíveis para Portugal e, até ao final do ano, o FMI vai transferir um total de 12,6 mil milhões de euros, com a União Europeia a emprestar outros 25,2 mil milhões de euros.
As restantes tranches do empréstimo, que no total ascenderá a 78 mil milhões de euros, serão entregues até 2013.
Poul Thomsen disse que a taxa de juro aplicada ao empréstimo concedido a Portugal será de 3,25 por cento nos primeiros três anos, passando para os 4,25 por cento nos três anos seguintes.
O chefe da Missão do FMI a Portugal disse ainda que uma missão técnica vai chegar em breve, porque o “calendário é ambicioso, mas há urgência” em lidar com os problemas. “Não estaremos à espera até às eleições para formar grupos de trabalho, diagnosticar as questões técnicas e andar em frente”, disse.
Thomsen insistiu que o programa implica “um período difícil de ajustamento”, e só no início de 2013 são esperados resultados ao nível do crescimento económico e criação de emprego.
"É reconhecido pela maioria, o problema de Portugal é realmente falta de concorrência, além de um mercado laboral inflexível", disse o economista dinamarquês.