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Fenprof inicia "Semana de Luto e Luta" com piquenique no Ministério da Educação

Dirigentes da Fenprof garantem que só abandonarão as instalações do Ministério da Educação, onde estão concentrados desde as 11:00, até ter uma resposta para o pedido de reunião efetuado em dezembro.
A Fenprof iniciou hoje uma “Semana de Luto e Luta” contra os cortes na educação. Foto de Paulete Matos

A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) dirigiu-se esta manhã às instalações do Ministério da Educação e Ciência, na estrada das Laranjeiras, em Lisboa, para colocar uma faixa negra.

A iniciativa, destinada a marcar o início da “Semana de Luto e Luta" dos professores, acabou por se transformar num piquenique na entrada das instalações do ministério de Nuno Crato.

Dada a ausência de resposta ao pedido de reunião, o secretário-geral da Fenprof encomendou pizzas e refrigerantes para o almoço dos professores e dirigentes por volta das 13:00.

"Vamos ficar aqui até nos darem uma resposta, seja ela qual for. É pelo menos falta de educação fingir que não está a acontecer nada", disse Mário Nogueira à Lusa.

"Se a resposta não chegar, se for preciso, no final do dia, vamos lá acima buscá-la", acrescentou.

A Fenprof iniciou hoje uma “Semana de Luto e Luta” contra os cortes na educação e ao longo da semana vai estar visível em ações de luta em todo o país, estando presente nas escolas, afixando faixas e cartazes, promovendo debates, fazendo denúncias, apresentando propostas, distribuindo textos informativos a pais e encarregados de educação à porta das escolas e fazendo aprovar moções, entre os professores, que depois serão enviadas ao Ministério da Educação.

Mário Nogueira referiu à Lusa várias preocupações que afetam os docentes neste momento, e para as quais querem alertar toda a sociedade, dando destaque aos cortes orçamentais.

O sindicalista apontou ainda como problemas o “empobrecimento dos currículos escolares”, os “mega, cada vez maiores, agrupamentos”, as “linhas de privatização”, com a transferência das escolas para a alçada dos municípios e a inclusão de docentes no regime de mobilidade especial.

Para hoje a Fenprof tem ainda agendadas uma ação no Porto, dedicada à “grave situação que se vive no ensino superior”, e no Funchal, na Madeira, onde no início do mês o tribunal administrativo e fiscal local ordenou a citação do MEC no seguimento de uma providência cautelar interposta pelo Sindicato dos Professores da Madeira, afeto à Fenprof, contestando o concurso de vinculação extraordinária de professores, por alegadamente excluir os docentes da região autónoma.

A semana de luta deverá terminar na sexta-feira, em Lisboa, nas instalações do MEC na Avenida 05 de Outubro, onde pelas 11:00 haverá uma ação dedicada aos horários dos professores.

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