Só na reparação de estragos em património municipal, estradas, jardins, condutas de água e saneamento, entre outras infraestruturas, os fenómenos climáticos extremos como inundações, cheias e incêndios custaram às autarquias portuguesas pelo menos 150 milhões de euros desde 2017.
O número é avançado esta quarta-feira pelo Jornal de Notícias e baseia-se nas situações de emergência nas quais as autarquias recorreram ao Fundo de Emergência Municipal, um regime de apoios financeiros do Governo à Administração Local que suporta despesas com equipamentos públicos apenas quando há uma declaração de calamidade aprovada em Conselho de Ministros.
Nestas condições estão as autarquias afetadas pelos incêndios entre junho a outubro de 2017, pelo furacão Leslie em outubro de 2018), pelas depressões Elsa e Fabien em dezembro de 2019 e pelos incêndios em 2022.
Os apoios, através do FEM ou através de contratos-programa, forma escolhida pelo Governo para atribuir apoios às autarquias afetadas pelos efeitos das cheias de dezembro do ano passado, chegaram a 150 municípios, a maioria no Norte e no Centro do país, esclarece aquele órgão de comunicação social. Mas o concelho mais afetado por essas cheias foi Loures com uma despesa de 19,2 milhões de euros, quatro milhões em equipamentos e 16 milhões em vias, segundo Ricardo Leão, o presidente daquela autarquia. No total do país foram gastos 97 milhões de euros, 48 milhões reembolsados pelo Governo, por obras que nalguns casos se arrastarão até ao próximo anos.