Fenómenos climáticos extremos custaram 150 milhões de euros às Câmaras em seis anos

27 de setembro 2023 - 16:18

Incêndios, cheias e inundações pesam cada vez mais nas contas dos municípios nacionais, que têm de reparar património, estradas, condutas e outras infraestruturas. Só as cheias de dezembro passado custaram 97 milhões.

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Cheias. Foto da Quercus.
Cheias. Foto da Quercus.

Só na reparação de estragos em património municipal, estradas, jardins, condutas de água e saneamento, entre outras infraestruturas, os fenómenos climáticos extremos como inundações, cheias e incêndios custaram às autarquias portuguesas pelo menos 150 milhões de euros desde 2017.

O número é avançado esta quarta-feira pelo Jornal de Notícias e baseia-se nas situações de emergência nas quais as autarquias recorreram ao Fundo de Emergência Municipal, um regime de apoios financeiros do Governo à Administração Local que suporta despesas com equipamentos públicos apenas quando há uma declaração de calamidade aprovada em Conselho de Ministros.

Nestas condições estão as autarquias afetadas pelos incêndios entre junho a outubro de 2017, pelo furacão Leslie em outubro de 2018), pelas depressões Elsa e Fabien em dezembro de 2019 e pelos incêndios em 2022.

Os apoios, através do FEM ou através de contratos-programa, forma escolhida pelo Governo para atribuir apoios às autarquias afetadas pelos efeitos das cheias de dezembro do ano passado, chegaram a 150 municípios, a maioria no Norte e no Centro do país, esclarece aquele órgão de comunicação social. Mas o concelho mais afetado por essas cheias foi Loures com uma despesa de 19,2 milhões de euros, quatro milhões em equipamentos e 16 milhões em vias, segundo Ricardo Leão, o presidente daquela autarquia. No total do país foram gastos 97 milhões de euros, 48 milhões reembolsados pelo Governo, por obras que nalguns casos se arrastarão até ao próximo anos.