Segundo o jornal “Público”, o vice-presidente da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), Pimenta Machado, declarou que “a precipitação atmosférica em Espanha é muito reduzida e falta água nas albufeiras”, num debate em Beja sobre “Perdas de água: a insustentável realidade”, organizado pela Comissão Especializada de Sistemas de Distribuição de Água (CESDA).
O vice-presidente da APA afirmou que na bacia do Douro em território espanhol a escassez de água “aumenta porque não chove e vão entrar em regime de excpção”, o que permite que os caudais na Convenção de Albufeira não sejam cumpridos. Em relação ao Guadiana, este regime já foi declarado entre janeiro e abril.
“O Tejo não está em exceção mas a partir de junho vamos ter uma gestão de crise”, avisou o vice-presidente da APA. Em breve, haverá uma reunião com a Espanha, no quadro da Comissão para a Aplicação e o Desenvolvimento da Convenção de Albufeira (CADC), para debater o regime de caudais para o próximo ano hidrológico.
Pimenta Machado diz que a “situação é muito, muito difícil” e que “temos de nos habituar a viver com menos água e a geri-la de um modo mais racional”.
Segundo o jornal, a situação no Guadiana é muito grave e em algumas regiões da bacia em Espanha foi declarada uma “situação excecional por seca extraordinária”, impondo medidas “urgentes para mitigar os efeitos produzidos pela seca”, para garantir o abastecimento de água para consumo humano.
O volume de água armazenado em Alqueva prevê alguma folga nos próximos três anos, porém no final de maio, esse volume é o segundo mais baixo desde 2007 neste período do ano.