Enfermeiros em greve na sexta-feira com protesto no Ministério

10 de maio 2023 - 11:20

Por melhores condições de trabalho, pela contratação de mais profissionais e pelo fim da precariedade, entre outras reivindicações, o Dia Internacional do Enfermeiro será marcado por uma jornada de luta.

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Enfermeiros em luta. Foto do SEP.
Enfermeiros em luta. Foto do SEP.

Na próxima sexta-feira assinala-se o Dia Internacional do Enfermeiro. A data vai ser marcada, em Portugal, por uma greve de enfermeiros entre as 08.00 e as 24.00 horas e por uma concentração em frente ao Ministério da Saúde às 11 horas.

O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses convocou a jornada de luta para exigir melhores condições de trabalho, que têm sido agravadas devido ao aumento do recurso ao trabalho extraordinário, e a contratação de mais profissionais, segundo explicou o seu presidente José Carlos Martins em conferência de imprensa.

Nas suas palavras, citadas pela Lusa, os enfermeiros pretendem para além disso “desde logo de forma muito clara que o Ministério da Saúde emita orientações ainda sobre a justa e legal contagem de pontos para efeitos de progressão na carreira e que emita uma orientação também no sentido das enfermeiras que estiveram grávidas e que não transitaram por essa razão para a categoria de enfermeiro especialista que sejam emitidas orientações no sentido de transitarem para essa nova categoria”.

Outras das reivindicações são a regularização dos precários, a reposição da paridade salarial entre a carreira de enfermagem e a carreira técnica superior da Administração Pública e uma antecipação da aposentação.

José Carlos Martins especificou ainda uma série de problemas que acontecem depois dos enfermeiros terem conquistado “um diploma importante” sobre a contagem de pontos. A sua aplicação estará a ser marcada por injustiças: “temos vínculos precários que não são contados para efeitos de progressão, interrupções entre contratos que são consideradas interrupções e não contam todo o tempo de serviço para trás e enfermeiros que foram promovidos a uma categoria superior, nomeadamente a chefes e a especialistas e que agora ficam atrás na remuneração de colegas mais novos sem a especialidade”.