Com esta greve nacional, o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) exige a atualização das tabelas salariais, remunerações justas, a dignificação da carreira de enfermagem e melhores condições de trabalho.
“Os serviços mínimos abrangem as situações de urgência nas unidades de atendimento permanentes que funcionem 24 horas por dia, os serviços de internamento que funcionem igualmente 24 horas por dia, os cuidados intensivos, os blocos operatórios – com exceção das cirurgias programadas -, as urgências, os serviços de hemodiálise e os tratamentos oncológicos”, informa o sindicato.
O aviso de greve inclui ainda, nos serviços mínimos relativos aos tratamentos oncológicos, “as cirurgias ou início de tratamentos de radioterapia ou quimioterapia em doenças oncológicas diagnosticadas de novo e classificadas com nível de prioridade 4, as cirurgias em doenças com nível de prioridade 3 caso não seja possível reprogramar nos 15 dias seguintes e a continuidade de tratamentos em curso.”
Estão também abrangidos pelos serviços mínimos “os tratamentos programados em curso, assim como as sessões planeadas de programas de radioterapia e quimioterapia e os tratamentos com prescrição diária em regime de ambulatório.”
O sindicato diz que, relativamente às cirurgias programadas, “devem ser consideradas de acordo com o plano de contingência das instituições para situações equiparáveis a tolerância de ponto – anunciadas frequentemente com pouca antecedência – ou cancelamentos de cirurgia no próprio dia - por inviabilidade de as efetuar no horário normal de atividade do pessoal ou do bloco operatório”.
Só é possível mais SNS se cuidarmos dos seus profissionais
O SEP tem estado a reunir com os partidos políticos para apresentar o seu manifesto para estas eleições legislativas, tendo reunido com Afonso Moreira e Mário Macedo, do Bloco de Esquerda, no passado dia 19 de fevereiro.
No seu programa eleitoral, o Bloco propõe: “estabelecimento de um enfermeiro de referência para cada família e da revisão do quadro de competências e atribuições destes profissionais, permitindo libertar médicos de família de algumas funções que os enfermeiros podem e têm capacidade para desempenhar; valorização das competências dos enfermeiros especialistas de saúde materna e obstetrícia para colaborar na vigilância de gravidezes de baixo risco e realização de partos eutócicos; reforço da saúde pública no SNS, com a alteração dos rácios previstos na lei, reforçando o número de médicos, enfermeiros especialistas em saúde pública e de técnicos de saúde ambiental.”