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Discurso de Iglesias: do Casal Vistoso à Universidade
A intervenção de Pablo Iglesias no comício "Unidos contra a austeridade” – que o esquerda.net transmitiu em direto do Pavilhão do Casal Vistoso na véspera da Convenção do Bloco (ver vídeo no fundo da notícia) – será projetada na primeira sessão do Seminário de Investigação Políticas de um Discurso, no dia 9 de dezembro às 14h30. A sessão intitula-se "De que é pablo iglesias o nome? Análise de um discurso em Lisboa" e terá lugar na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (Av. Berna, 24, Edificio ID, piso 4, Multiusos 2).
A seguir à projeção do discurso intervirão André Barata (professor de filosofia e ciência política na UBI), António Guerreiro, (ensaísta, crítico e tradutor), Fátima Sá (professora de história no ISCTE-IUL), Goffredo Adinolfi (investigador do CIES-IUL), Joana Craveiro (investigadora na Roehampton University, Teatro do Vestido) e Miguel Vale de Almeida (professor de antropologia no ISCTE-IUL).
A seguir à projeção do discurso intervirão André Barata (professor de filosofia e ciência política na UBI), António Guerreiro, (ensaísta, crítico e tradutor), Fátima Sá (professora de história no ISCTE-IUL), Goffredo Adinolfi (investigador do CIES-IUL), Joana Craveiro (investigadora na Roehampton University, Teatro do Vestido) e Miguel Vale de Almeida (professor de antropologia no ISCTE-IUL).
Esta sessão inaugural do seminário coordenado por Bruno Peixe Dias (investigador do CFUL) e José Neves (professor na FCSH-UNL), pretende prosseguir o debate “da articulação entre teoria e prática – e nomeadamente entre desenvolvimentos recentes na teoria política e a ação de novos movimentos sociais, dos quais o Podemos é um resultado”, dizem os organizadores na apresentação.
“O caso do discurso de Iglesias permitirá ainda refletir sobre as continuidades e roturas semânticas entre o discurso político institucional e o discurso da política popular, bem como entre diferentes contextos linguísticos, culturais e políticos, da história da Europa contemporânea aos EUA de Obama e à América do Sul de Chavez e Morales”, acrescenta o texto de introdução à sessão.
As próximas sessões deste seminário farão a análise de outros discursos políticos, “recentes ou antigos”. Os coordenadores destacam a “a importância que as palavras e a discursividade assumem e assumiram nos processos de mobilização política, conforme tem vindo a ser proposto por áreas de investigação tão diferentes como a história conceptual ou os estudos sobre performance”.
Comentários
Penso que acabei de ouvir
Penso que acabei de ouvir este discurso de Pablo Iglesias na íntegra pela 3ª vez.
Dizem os comentadores de todos os quadrantes incluindo alguns conectados com uma certa “esquerda”, que ninguém sabe muito bem o que é o PODEMOS, quanto tempo vai existir e qual será a sua atuação uma vez chegado ao poder se tal vier a acontecer. Sabem uma coisa? Pablo Iglesias está muito pouco preocupado com isso. Nas suas palavras está bem vincado o espirito revolucionário. Ele apela à revolta popular e tem bem consciência de que no movimento que deu origem ao PODEMOS partido político não existe uma linha política definida para além da rotura com o sistema instituído. Pablo é um estratega que sabe que a oportunidade de inverter o caminho da ruina social na Europa e no mundo é esta, agora, e por isso pede que os povos se unam em cada cidade, em cada país, que deixem por agora de lado os símbolos, bandeiras, dogmas, teorias políticas e se unam como povo explorado, tendo o sistema instalado como inimigo comum. Esta é a principal mensagem de Pablo iglesias e o seu discurso só peca por tardio. Quem tem no sangue os valores da solidariedade, da justiça social e pede para o nosso país e para o mundo a paz, o pão, habitação, saúde e educação só pode dar graças pela energia contagiante vindo de Pablo Iglesias e do seu partido político.
Ouvir o seu discurso é de tal maneira inspirador que estou convencido que a esta hora muitos dos dissidentes recentes estejam a perguntar a si próprios “o que é que nos aconteceu? Nós não somos os gatos mas agindo assim estamos a caminho da transformação. Será que conseguimos?”
Uma Política do Afeto
Senhor João Castro,
Na atual conjuntura do mundo, o que pode nos tirar da rota rumo à ruína social é uma política do afeto. O fenômeno político que está acontecendo na Espanha, com o surgimento do Podemos, me parece, encontrou esse caminho.
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